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Zé Dirceu: apoio a Lula e derrota de Tarcísio são prioridades para 2026

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu voltou a defender a união em torno do governo Luiz Inácio Lula da Silva e a derrota do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como duas das prioridades do Partido dos Trabalhadores e da base aliada para 2026.

Dirceu participou neste sábado, 15, de mais uma comemoração de seu aniversário de 79 anos, desta vez em São Paulo. O local escolhido foi o Espaço Cultural Elza Soares, galpão do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que promoveu uma feijoada para convidados e militantes do partido. No início da semana, outra festa, mais badalada, reuniu a elite política em Brasília em homenagem a Dirceu.

“Vocês sabem o que significou a vitória do nosso presidente Lula com uma frente ampla, vamos lembrar sempre isso, com o Geraldo Alckmin de vice, e depois com o apoio da Simone Tebet, da Marina, no segundo turno, de amplas forças políticas, inclusive, liberais, que são de direita. Mas não direita obscurantista, negacionista, bolsonarista”, declarou o ex-ministro aos convivas.

Estavam presentes na comemoração nomes petistas como os deputados estaduais Eduardo Suplicy e Emídio de Souza e o deputado federal Rui Falcão, ex-presidente do PT e cotado para participar da conturbada disputa da presidência da sigla.

Dirceu citou a atuação de Jair Bolsonaro e de sua claque na tentativa de desestabilizar o Brasil, agindo contra a soberania nacional ao apoiar medidas do presidente dos Estados Unidos Donald Trump e ao instigar políticos americanos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) que foi a instituição, afirmou, que “sustentou a democracia” brasileira após a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

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O ex-ministro voltou a defender que os esforços da esquerda e do campo progressista devem estar em respaldar e em apoiar o governo Lula — o qual, segundo ele, está “sitiado e cercado”.

“Não vamos nem falar da reeleição em 2026, vamos lembrar primeiro que temos dois anos pela frente. E estamos vendo que é um governo sitiado, cercado. Portanto, ele precisa de apoio, e nós precisamos fazer apoio para, inclusive, avançarmos naquelas políticas”, declarou.

Zé Dirceu disse, durante a festa, que recebeu de Lula duas “tarefas” neste ano. A primeira é a de organizar as eleições internas do PT e eleger Edinho Silva como presidente nacional — a edição de VEJA desta semana mostra como a disputa interna tem sido ruidosa e colocado em oposição a ala de Gleisi Hoffmann e a de Edinho, que tem o apoio de Dirceu e de outros petistas graúdos. A segunda incumbência, afirmou o ex-ministro, é a de voltar à política, de fato, como candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados. Sobre a empreitada, Dirceu disse que deve decidir no final deste ano.

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“Se nós queremos mudar o Brasil, temos que mudar o Congresso Nacional. A nossa tarefa não é que não devemos criticar, não podemos discutir erros e insuficiências, mas temos que lembrar que é um governo que a direita sem bolsonarismo, sem nós, tem 300 deputados e 30 senadores”, declarou aos presentes.

Tarcísio

Dirceu voltou a fazer duras críticas ao governador de São Paulo Tarcísio de Freitas e disse que os acenos “ao centro” do mandatário não podem confundir o eleitor.

“Começa a se criar uma imagem de que nós vamos perder eleição, que o Tarcísio vai ser eleito. Vai, nada. Vamos ganhar as eleições em 2026. Mais ainda, não nos iludamos: o Tarcísio é bolsonarista. Agora querem pintar ele”, disse. O governador de São Paulo é tido atualmente como o principal herdeiro de Bolsonaro para disputar a Presidência da República no próximo ano.

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O ex-ministro ainda criticou a condução da segurança pública no estado e disse que as políticas empreendidas na área por Tarcísio não têm tido resultado. “Não tem segurança pública em São Paulo. Isso não é política de segurança pública: Esquadrão da Morte, Rota na Rua, Tropa de elite, Operação verão. Isso não dá em nada. Faz 30 anos que estão fazendo isso”, disse.

“Vamos, sim, discutir política de segurança pública e vamos apoiar a política do governo federal de ir atrás das máfias, de coordenar com os estados, controlar as fronteiras, introduzir inteligência, reformar o sistema penitenciário. Não tem solução a curto prazo”, afirmou.

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