O comércio varejista brasileiro registrou crescimento de 0,5% em fevereiro, na comparação com janeiro, atingindo o maior patamar da série histórica iniciada em 2000. O avanço, ainda que modesto, quebra uma sequência de quatro meses de estagnação.
A informação é da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. Entre os setores que puxaram o resultado, destacam-se hiper e supermercados, com alta de 1,1%, e o segmento de móveis e eletrodomésticos, que cresceu 0,9%.
Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o desempenho mais forte do setor alimentar reflete a escolha das famílias por itens essenciais, num cenário de inflação pressionada e renda real estável. “O consumo tem se concentrado em bens básicos. Isso devolveu o protagonismo aos supermercados, após um semestre de resultados fracos”, afirmou.
Outros segmentos também avançaram, como farmácias e perfumarias (0,3%) e artigos de uso pessoal (0,1%). Já setores como combustíveis, vestuário e informática registraram queda, com destaque negativo para livros e papelaria, que despencaram 7,8%.
No varejo ampliado, que inclui veículos, materiais de construção e atacado alimentício, o panorama foi menos favorável: o volume de vendas caiu 0,4%, puxado principalmente pela retração de 2,6% no setor automotivo e de 6,5% no atacado de alimentos e bebidas.