A Austrália é um dos locais do mundo mais conhecido pela alta incidência de ataques de tubarão. O país contabiliza 1200 acidentes provocados pelo predador, desde 1751. Do total de ocorrências, 250 foram fatais. Na última segunda-feira, mais uma morte foi registrada na costa Wharton Beach, mas a fatalidade teve requintes de horror. O tubarão não só atacou o surfista que estava na água e como ainda o arrastou para o fundo do oceano, sumindo com o corpo. Da vítima, restou apenas a prancha, que ficou à deriva na água. A polícia foi acionada e as buscas pelo surfista pouco depois da tragédia, mas dois dias depois, como não encontraram o corpo, deram a vítima como morta.
O alvo foi o neozelandês Steve Payne, de 37 anos, que viajava com a namorada e o cachorro, há quatro semanas pelo país. A intenção do casal era passar seis meses percorrendo o país. Naquele dia, os dois pararam apenas para um mergulho. Payne entrou sozinho no mar. A água estava turva e batia na cintura dele, quando foi surpreendido pelo tubarão. Havia mais surfistas, mas apenas Payne foi escolhido pelo bicho. Todos escutaram os gritos desesperados no rapaz, inclusive a namorada, que assistiu a tragédia, sem reação. Na praia, segundo relataram testemunhas ao The Guardian, a praia ficou tomada pelo choque e impotência diante da tragédia. Dificilmente tubarões mordem e arrastam a vítima. especialistas afirmam que o animal costuma atacar surfistas em água turva porque ao não enxergar direito o ambiente, morde a vítima para ter certeza se é mesmo uma preza, e quando percebe estar enganado, solta.
Payne não era um incauto. Sabia dos perigos do mar da Austrália.“Ele e a parceira já se divertiram muito em mergulhos com tubarões e conheciam os riscos”, disse a família hoje ao anunciar oficialmente a morte de Payne. Logo após o ataque, a praia de Wharton Beach o foi fechada pela polícia e reaberta apenas nesta quarta-feira, quando as buscas foram encerradas. O pai de Payne fez questão de lembrar que o jovem era amado pelos parentes e amigos e respeitado pelos colegas, pela generosidade.
