O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou nesta quarta-feira, 22, Sean Curran como novo diretor do Serviço Secreto do país. O escolhido é um dos seguranças que protegeram o republicano quando ele sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício de campanha, em julho passado.
“Ele provou sua coragem quando arriscou a própria vida para ajudar a salvar a minha do tiro de um assassino em Butler, Pensilvânia”, disse Trump em um comunicado. “Tenho confiança total em Sean para tornar o Serviço Secreto americano mais forte do que nunca.”
A agência é responsável pela proteção de funcionários de alto escalão do governo americano e de ex-presidentes, bem como pela investigação de crimes financeiros, como falsificação e alguns delitos cibernéticos. Em certos casos, atua em paralelo com o FBI, a polícia federal americana, e não tem controle sobre a CIA, a agência secreta do país.
BREAKING: Former President Trump injured and one spectator dead after shooting at Trump rally in Pennsylvania; a shooter is dead, Butler County DA says. https://t.co/dq3ZDURQb9 pic.twitter.com/iSm0pcubtU
— NBC News (@NBCNews) July 13, 2024
Quem é o agente?
Anteriormente, Curran trabalhou por quatro anos como agente especial encarregado da equipe de segurança de Trump, e foi uma das figuras que pularam para cobri-lo quando balas começaram a voar durante o comício em 13 de julho em Butler (o então candidato foi atingido de raspão na orelha, enquanto um apoiador morreu e o atirador foi abatido pelas forças de segurança). Na liderança da equipe de proteção do ex-presidente, supervisionou 85 pessoas.
Ele ingressou na agência em setembro de 2001 e foi promovido a agente especial adjunto encarregado do Presidential Protective Detail no mesmo ano, uma unidade, ostentando centenas de agentes, encarregada de proteger o atual presidente e sua família imediata.
A escolha de Trump rejeita as recomendações de duas comissões bipartidárias que, no início deste ano, pediram que o presidente escolhesse alguém de fora da agência para atuar como diretor. Mas não deve haver entraves: ao contrário de outros cargos do gabinete presidencial ou do diretor do FBI, a nomeação do líder do Serviço Secreto não requer a confirmação do Senado mediante votação.