O Supremo Tribunal Federal formou maioria de votos nesta terça-feira, 25, para condenar a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) a cinco anos e três meses de prisão, além da perda de mandato parlamentar, por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.
O julgamento no plenário virtual está suspenso após o pedido de vista do ministro Nunes Marques na segunda-feira 24, mas o ministro Dias Toffoli decidiu antecipar seu voto e seguir o entendimento do relator Gilmar Mendes. Desta forma, já são seis votos – a maioria – pela condenação de Zambelli.
Nunes Marques tem até noventa dias para devolver o caso à Corte. Além de Toffoli, votaram com o relator os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin, que também antecipou o voto. Restam os posicionamentos de André Mendonça, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.
Entenda o caso
Em outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições presidenciais, a deputada Carla Zambelli sacou uma arma e ameaçou um homem apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva em plena luz do dia nas ruas dos Jardins, área nobre de São Paulo.
Relator do caso no Supremo, Mendes considerou que o contexto em que Zambelli persegue em via pública, com uma arma de fogo, um indivíduo desarmado, de corrente partidária adversa, na véspera das eleições, após troca de insultos recíprocos, revela um elevado grau de reprovabilidade.
O voto dele foi acompanhado pouco depois por Cármen, Moraes, Dino, Zanin e agora Toffoli.