Unir setores distintos para promover parcerias lucrativas é um dos planos do governo do estado de São Paulo para reduzir diferenças e promover o crescimento regional. Batizado de SP Produz, o programa de desenvolvimento sustentável do governo proporciona, por exemplo, que uma cooperativa de frutas, verduras e legumes orgânicos comece a trabalhar com uma empresa de processamento de polpas. Para o produtor é uma excelente opção, pois reduz perdas de mercadoria e aumenta o leque de consumidores. A fábrica de suco consegue produtos de boa qualidade, a preços vantajosos, e desenvolve produto diferenciado. Na ponta final, a parceria otimiza o fornecimento de alimentação saudável para a merenda dos estudantes. Agricultor, indústria e consumidor saem ganhando.
Para alinhavar esse ciclo sustentável, o programa identificou e reconheceu 95 cadeias produtivas locais. Com isso, os participantes passam a ter direito a benefícios públicos e de algumas instituições, que dão os mais variados suporte para os negócios. Entre as facilidades, acesso a crédito e incentivos para empreendedores e cooperativas, capacitação tecnológica, inovação e mentoria de governança.
Desde que o programa foi criado, a menos de um ano, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, do Governo do Estado, investiu R$ 30 milhões, em pelo menos vinte setores da economia, que são estratégicos para a economia paulista. O objetivo é claro: elevar a produção regional ao patamar de qualidade internacional, aumentando o potencial de competitividade do estado. Trata-se de um investimento de longo prazo, uma vez que nem todos os integrantes das cadeias estão no mesmo patamar de maturidade. Até por isso, os benefícios são determinados de acordo com o grau de excelência dos envolvidos.
Em Itápolis, a cadeia produtiva local de Hortifrútis Orgânicos, classificado com o nível mais elevado de maturidade, tem acesso a divulgação, oferta de qualificação de mão de obra, linhas de crédito, capacitação para exportação estratégia de atração de investimentos e projetos de desenvolvimento local. As cadeias que estão começando, classificadas de aglomerado produtivo, recebem supervisão para implantação de governança e apoio técnico para o aprimoramento do planejamento estratégico. Além de promover desenvolvimento regional, o programa pretende, segundo o secretário Jorge Lima, do Desenvolvimento Econômico, aumentar “a geração de renda e emprego, seguindo as vocações de crescimento de cada região”.
Leia:
+https://veja.abril.com.br/coluna/mundo-agro/da-semente-ao-prato-a-importancia-das-cadeias-produtivas-no-agro#google_vignette
+https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/o-ponta-pe-inicial-do-marco-regulatorio-do-esg-no-brasil