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Smart Sampa: ‘Vamos tirar os criminosos da rua com tecnologia’, diz Nunes

Maior metrópole da América Latina, a cidade de São Paulo tem apostado no investimento em tecnologia para combater a criminalidade. Desde julho de 2024, o Smart Sampa, da gestão Ricardo Nunes (MDB), tem como carro-chefe o uso de câmeras que fazem reconhecimento facial e o cruzamento das imagens com bancos de dados. De lá para cá, milhares de criminosos já foram presos graças à tecnologia e, agora, a prefeitura planeja expandir seu uso para detecção de placas de carros roubados e para monitorar outros tipos de crimes.

Apenas nos últimos seis meses, mais de 400 foragidos da Justiça foram capturados e cerca de 1.700 criminosos presos em flagrante por delitos como furto, roubo e tráfico, além da localização de trinta pessoas desaparecidas. De acordo com a prefeitura, o programa, implementado em julho do ano passado, foi um dos fatores responsáveis pela redução de crimes entre 2023 e 2024. No período, houve queda de 17,3% nos furtos e de 27,7% nos roubos no centro da cidade, região com a maior concentração de câmeras equipadas com a tecnologia.

A reportagem de VEJA conversou com o prefeito Ricardo Nunes e visitou a central de monitoramento do Smart Sampa, na região central de São Paulo. “Entre as grandes cidades do mundo, nenhuma conseguiu reduzir os índices de criminalidade sem acoplar tecnologia ao processo”, diz Nunes. “Com as ações do Smart Sampa, com as intervenções da GCM e do governo do Estado, por meio das polícias, estamos tendo resultados muito positivos. O uso da tecnologia é um caminho sem volta”, afirma.

Leia abaixo a entrevista completa.

Em que medida o Smart Sampa tem apresentado resultados positivos? O Smart Sampa hoje é o maior sistema de tecnologia para segurança de cidades. Nós temos mais de 20.000 câmeras e apenas em seis meses 492 pessoas foragidas da Justiça que eram condenadas foram presas porque passaram por uma das câmeras. O reconhecimento facial pegou e a GCM foi lá e efetuou a prisão. Além de trinta pessoas que estavam desaparecidas. A gente também tem o banco de dados, não só dos foragidos, mas também dos desaparecidos. E há também os presos em flagrante. As câmeras identificaram que a pessoa estava cometendo um roubo, cometendo um furto, cometendo algum ato delituoso. E houve a ação da Guarda Civil Metropolitana. É um sistema que tem sido muito importante pra tirar de circulação as pessoas criminosas e poder dar para a cidade uma segurança maior.

Como funciona o reconhecimento facial? Não há risco de um ‘falso positivo’, ou seja, de o sistema identificar a pessoa errada, algo que já aconteceu em outros estados? A gente só faz esse alarme de reconhecimento facial, que é o “match” entre a imagem verificada na câmera e aquela do banco de dados, se passar de 90% da identificação. Normalmente no mundo se usa 80%, 85% A gente foi aumentar a régua para tornar muito mais seguro. Não tivemos nenhum caso de cometer alguma prisão, alguma abordagem que não seja a pessoa que foi identificada aqui. É um sistema muito seguro. Inclusive com relação à questão do direito das pessoas de não fazer com que esse sistema possa gerar algum desconforto para alguém. Está sendo muito assertivo e identificou a pessoa. 

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Antes do Smart Sampa entrar em vigor, partidos e entidades entraram na Justiça alegando não haver que o programa coibiria eventuais equívocos. A gente teve foi uma ação muito forte do PSOL. São partidos que fazem oposição à nossa administração e que colocavam essa questão. E hoje estamos demonstrando que era super importante. É uma pena que a gente perdeu um ano, já era pra estar funcionando há um ano. Esse sistema a gente até já estaria hoje com resultados muito melhores. Mas enfim, foi superado. E tudo aquilo que prevê na lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, está previsto aqui no nosso sistema. 

A Prefeitura assinou um convênio com o Ministério da Justiça, do governo federal, para poder acessar o banco de dados de veículos furtados. Como vai funcionar isso? Com o registro de placas com roubo e furto de carros, que é nacional, um veículo que estiver nesse registro e que passar por uma das nossas câmeras, vai dar um alerta de que tem um carro ali roubado, furtado, para que a GCM, a PM, a Polícia Civil possam atuar. São 4.000 câmeras com essa tecnologia na cidade de São Paulo. 

O senhor mencionou que também estão sendo planejados outros “usos” para a tecnologia do Smart Sampa. Quais seriam? Vamos a cada vez mais melhorando e ampliando os serviços que o Smart Sampa pode prestar para a cidade. Por exemplo, da área da Defesa Civil. A gente está monitorando as áreas de risco com as câmeras. Vamos entrar agora numa outra etapa, que é o combate àquelas pessoas que jogam lixo na rua, que jogam entulho, vai ter câmeras monitorando.

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