Avareza – Marca de João Emanuel Carneiro em outras novelas, em Mania de Você ele foi econômico além da conta nos “ganchos”, que costumam prender o telespectador de um capítulo para outro. A economia gerada causou sucessivo afastamento de audiência.
Gula – Era para a novela ser “comida com os olhos”. Mas com uma trama rasa, nem as cenas de gastronomia pareciam apetitosas. Aliás, problema sério de direção e edição, que levou ao ar picotes de cenas malconduzidas na cozinha do hotel resort Albacoa.
Luxúria – A sensualidade de Isis, vilã de Mariana Ximenes foi mal aproveitada, o que descambou para um humor fajuto no desenrolar da trama. Assim como a ausência de química entre os protagonistas fez com que a novela não apresentasse alta voltagem de sedução, tão necessária em tempos de engajamento nas redes.
Preguiça – O personagem de Nicolas Prattes por motivos já tão explicados nesta coluna ao longo dos últimos meses deu… preguiça. Ganhou o título de “mais chato do ano”, com direito até a abaixo-assinado pedindo sua saída da novela.
Inveja – A sede de vingança é o que moveu o núcleo central da trama, mas o que se via em cena era uma sucessão de falas sem inspiração que permeavam uma inveja bobinha de uns contra outros. Gabz, protagonista fraquíssima, perdeu espaço para Agatha Moreira, mais segura.
Soberba – A canastrice de Molina (Rodrigo Lombardi) cansou já nos primeiros capítulos. Depois só piorou quando ele voltou à trama. Adriana Esteves sofreu para levar até o fim sua Mércia, uma vilã apática, que não condiz com o talento de sua intérprete. Pena.
Ira – No fim, é este o sentimento despertado por Mania de Você aos fãs de novelas. Como não ficar irritado com tanta cena mal dirigida, tramas bobas que não deixam a desejar à finada Malhação, ou mesmo a interpretações que não dizem nada ao contexto da obra? Mania de você sai do ar sem fazer falta. Pecando como nunca antes se viu no horário nobre.