As seguradoras brasileiras fecharam 2024 com faturamento total de 207,6 bilhões de reais, um aumento de 10,2% na comparação com o ano anterior. Apesar do bom desempenho do setor, o lucro líquido das empresas (de 36 bilhões de reais) teve uma retração de 4,1% em relação a 2023. Os números foram compilados pela IRB+Inteligência, plataforma de análises do IRB(Re).
A questa no lucro foi um reflexo do aumento nos sinistros ocorridos e custos de aquisição ao longo do ano, em especial devido ao impacto das mudanças climáticas – que promoveram enchentes no Rio Grande do Sul e fortes chuvas em São Paulo – e do desastre aéreo letal da Voepass em Vinhedo (SP).
A análise também apontou que os impactos causados na sociedade pelas mudanças climáticas (parte devido aos fenômenos naturais La Niña e El Niño parte por consequência da ação humana) vêm mudando o comportamento dos brasileiros. Em virtude da pandemia do coronavírus – que motivou o isolamento social e o home office –, a demanda por seguros cresceu mais do que o habitual a partir de junho de 2020. Essa alta se manteve até o final de 2023 quando arrefeceu, estabilizando-se. No entanto, no ano passado, voltou a crescer por conta da seca, enchentes, vendavais e demais fenômenos climáticos.
Os segmentos de seguros “Individual contra Danos” e “Danos e Responsabilidades”, por exemplo, que cobrem sinistros como esses, faturaram juntos, em 2024, 28,4 bilhões de reais, crescimento de 15% em comparação ao ano anterior (24,7 bilhões).
