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Rússia transfere ao Ártico novo submarino nuclear, que bate à porta da Otan

O Ministério da Defesa da Rússia transferiu nesta segunda-feira, 27, seu submarino nuclear de quarta geração, conhecido como K-562 Arkhangelsk, à sua base definitiva na Frota do Norte. A embarcação, da classe Yasen-M, é uma das mais avançadas do país e reforça a estratégia russa de consolidar sua presença no Ártico.

O mais novo submarino nuclear russo agora ficará permanente mente na base Zapadnaia Litsa, a apenas 60 km da fronteira da Noruega – país que integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos.

De acordo com o comandante do submarino, o capitão de primeira patente Alexander Gladkov, a transferência entre as bases foi concluída com sucesso. O próximo passo será a realização de intensos treinamentos antes da integração do Arkhangelsk às forças de prontidão permanente da Frota do Norte.

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Arma letal

Equipado com armamentos de ponta, incluindo mísseis hipersônicos Zircon, mísseis de cruzeiro Kalibr-PL e mísseis antinavio Oniks, o Arkhangelsk representa um marco tecnológico para a Marinha russa. O submarino conta ainda com 10 tubos capazes de lançar torpedos pesados Futlyar.

A embarcação tem um deslocamento submerso de aproximadamente 13.800 toneladas, 130 metros de comprimento e 13 metros de largura, podendo operar a até 600 metros de profundidade. Alimentado por um reator nuclear OK-650KPM, o Arkhangelsk atinge uma velocidade submersa de até 65 km/h e é capaz de realizar missões de até 100 dias sem precisar voltar à superfície.

Estratégia no Ártico

A integração do Arkhangelsk à Frota do Norte reforça a postura estratégica da Rússia no Ártico, uma região de crescente importância geopolítica devido ao derretimento das geleiras e à abertura de novas rotas marítimas.

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Com sede na cidade russa de Severomorsk, a Frota do Norte tem como missão proteger a fronteira norte da Rússia, monitorar o tráfego marítimo na Rota do Mar do Norte e projetar poder na região.

A Rússia frequentemente realiza exercícios navais na região ártica, envolvendo submarinos, navios de superfície e quebra-gelos. O Arkhangelsk deverá participar dessas operações para demonstrar suas capacidades de combate e resistência em condições extremas.

Enquanto isso, o aumento da atividade militar russa no Ártico tem gerado tensões com países membros da Otan, como Estados Unidos, Canadá e Noruega, em meio ao aumento da disputa pela influência na região. A Rússia reivindica uma parte significativa da plataforma do Ártico, e a presença de submarinos avançados como o Arkhangelsk tem como objetivo reafirmar sua soberania e controle sobre essas áreas.

Em paralelo ao aumento de patrulhas de ambos os lados no Ártico, as tensões geopolíticas da região também foram evidenciadas pela proposta de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de comprar a Groenlândia da Dinamarca (além de rica em minerais, a ilha semiautônoma é estratégica do ponto de vista de posicionamento em caso de conflito com os russos).

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