As contas do governo central fecharam novembro mais uma vez no vermelho, depois de um superávit recorde no mês anterior, e registraram um déficit primário de 4,5 bilhões de reais no mês, de acordo com os números divulgados nesta quarta-feira, 15, pelo Tesouro Nacional. Na comparação com novembro do ano passado, quando foi registrado um déficit de 38 bilhões de reais, há uma redução de 88% no rombo das contas federais,
O resultado primário indica em quanto as despesas da União, sem considerar os gastos com juros, superaram as receitas (déficit) ou em quanto ficaram menores do que a arrecadação (superávit). No acumulado do ano, o resultado segue negativo e é de 66,8 bilhões, de acordo com o Tesouro, 42,6% menos que nos mesmos meses do ano passado (112,4 bilhões de reais), já descontada a inflação
A meta para 2024 é que o resultado primário seja zerado, ou seja, que os gastos fiquem empatados com as despesas, com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos, o que significa que o governo pode entregar um déficit de até 28,8 bilhões nesse ano sem que nenhuma sanção seja acionada.
Na estimativa de alguns especialistas, com base nos dados preliminares da execução orçamentária de dezembro e descontados os gastos de 20 a 30 bilhões com a calamidade do Rio Grande do Sul, o governo deve conseguir cumprir o limite inferior da meta em 2024.