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‘Respeito Trump para governar os EUA, não mandar no mundo’, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a política externa dos Estados Unidos, afirmando que o presidente Donald Trump comete “anomalias” e intervém em questões de soberania de outros países. “Eu respeito a eleição do presidente Trump, eleito pelo povo americano para governar os Estados Unidos. Não foi eleito para mandar no mundo”, declarou o petista nesta quinta-feira, 6, em entrevista a uma rádio da Bahia.

Questionado sobre o plano de Trump de remover a população da Faixa de Gaza e ocupar a região, Lula disse que o governo dos EUA trata o povo palestino como “lixo” e repetiu que a ofensiva de Israel contra o Hamas representa um genocídio. “Não é possível dizer que vai ocupar a Palestina e construir uma Riviera. Ninguém vai fazer um lugar bonito em cima dos cadáveres de milhares de mulheres e crianças”, afirmou o presidente.

Também sobre a política internacional de Washington, Lula criticou a imagem promovida pelos EUA de “símbolo da democracia e xerife do mundo” e chamou de “provocações” as declarações de Trump sobre ocupação de países. “Um dia ele vai ocupar o canal do Panamá, outro dia a Groenlândia, o Canadá, outro dia ele vai tratar o povo palestino como se não fosse ninguém”, disse.

Trump quer expulsar palestinos para criar ‘Riviera do Oriente Médio’

No início da semana, Donald Trump recebeu em Washington o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e anunciou que os EUA podem “ocupar a Faixa de Gaza”.

Segundo o presidente americano, os palestinos em Gaza devem ser enviados para países árabes vizinhos, como Egito e Jordânia para que a região seja, virtualmente, anexada pelos EUA. O plano, segundo o republicano, é “reconstruir” o território devastado e criar na Palestina “uma Riviera do Oriente Médio”.

Aliado próximo de Trump, Netanyahu elogiou a ideia e afirmou que o presidente é “o melhor amigo que Israel já teve na Casa Branca”. O conflito na Faixa de Gaza entre o Hamas e as forças israelenses, financiadas pelos EUA, já dura mais de quinze meses e deixou ao menos 61.000 palestinos mortos e 111.000 feridos — as baixas do lado israelense giram em torno de 1.139 mortes e 8.730 feridos.

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