A janela de transferências de inverno terminou nesta terça-feira, 3, em pelo menos sete grandes ligas na Europa: Inglaterra, Espanha, Alemanha, França, Itália, Holanda e Portugal. Neste período, o mercado já movimentou o equivalente a mais 9 bilhões de reais com reforços em todo o mundo, com mais de 1,5 bilhão de euros investidos. Os dados são do Transfermarkt.
Alguns números chamam a atenção, mas não surpreendem, caso da Premier League, que foi disparada a Liga que mais investiu, com 475,5 milhões de euros (2,8 bilhões de reais). Praticamente metade desse valor corresponde aos gastos do Manchester City, que investiu 218 milhões de euros (1,3 bilhão de reais) em reforços. “Estamos falando de um período de ajustes no futebol europeu, e o que chama a atenção entre os reforços dos principais times europeus neste período é para a baixa idade dos atletas, variando entre 18 e 23 anos, e isso já uma tendência que vem de algum tempo”, explica Claudio Fiorito, CEO da P&P Sport Management Brasil, especializada no gerenciamento da carreira de atletas, que realizou a maior venda de um zagueiro brasileiro, Vitor Reis, por 37 milhões de euros para o City.
Depois da Premier League, com 475,5 milhões de euros investidos, a segunda Liga que mais investiu foi a Série A da Itália, com 228,7 milhões de euros, seguida pela Ligue 1 da França, com 201,8 milhões de euros.
Além disso, há algumas surpresas, como a consolidação do futebol brasileiro entre as ligas que mais investiram, com 174,5 milhões de euros até o momento – vale destacar que a janela por aqui segue aberta até 28 de fevereiro. O Brasileirão, por exemplo, aparece à frente da Bundesliga na Alemanha, com 169,8 milhões de euros investidos.
Já a La Liga, da Espanha, não aparece nem no Top-15 de maiores contratações das ligas europeias. Foram apenas 26,3 milhões de euros gastos, e Real Madrid e Barcelona, clubes que normalmente fazem grandes investimentos, puxaram o freio. “Um já contratou jovens suficientes para anos de sucesso. O outro se sai melhor formando do que contratando. Apesar de ter dois dos cinco clubes mais relevantes do mundo, tendência é de que nunca mais figure entre as cinco de maior investimento, e seu desafio será se manter entre as dez primeiras”, analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, que gerencia a carreira de centenas de atletas.
