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‘Popstar’, Frei Gilson ganha apoio bolsonarista após críticas da esquerda

O ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados foram às redes no último domingo, 9, para uma mobilização em defesa de Frei Gilson, sacerdote popular na internet por realizar lives com altas audiências.

O movimento se deu após o religioso se tornar alvo de críticas da esquerda. Em razão da Quaresma, ele iniciou uma série de transmissões às 4h celebrando o Santo Rosário e arrastando centenas de milhares de fiéis. Na última quinta-feira, 6, cerca de 1 milhão de espectadores acompanharam a solenidade no YouTube e, nesta segunda, 10, a marca foi de 1,3 milhão de fiéis simultâneos.

Nas redes, usuários de esquerda criticaram a mobilização em torno das celebrações e acusaram o sacerdote de ser “bolsonarista”. Também foram feitas críticas a posicionamentos anteriores dele a respeito da condenação ao aborto e da defesa da submissão da mulher ao homem.

No seu aceno a Frei Gilson, Bolsonaro afirmou que o sacerdote é um “fenômeno em oração” e que, por isso, tem sido “atacado pela esquerda”. “A fé cristã nunca se curvou à perseguição e não será diferente agora. Minha solidariedade a ele e a todos que defendem os valores de Deus e da família”, publicou o ex-presidente.

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Parlamentares da claque bolsonarista também saíram em defesa do líder católico, entre eles o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que afirmou que, mesmo sendo evangélico e tendo visões “teológicas distintas” de Gilson, avalia como “inaceitáveis” as críticas feitas ao sacerdote e às celebrações por ele conduzidas.

Nomes considerados aliados de Bolsonaro mas de alas menos radicais, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), adotaram posturas semelhantes.

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“Se sois insultados por causa do nome de Cristo, bem-aventurados sois, porquanto sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus”, publicou Tarcísio.

“A fé cristã nunca se curvou à perseguição e não será diferente agora. Expresso minha solidariedade ao Frei Gilson e a todos que defendem os valores de Deus e da família. Também repudio qualquer insulto à nossa fé e aos princípios que nos sustentam”, escreveu Nunes.

Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal André Janones (Avante-MG) criticou o movimento de pessoas da própria esquerda que, segundo ele, têm dado “munição” para o campo da direita.

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“Não basta ser rejeitado pelos evangélicos, vamos fazer uma cruzada contra os católicos também, aí a gente se elege só com os votos dos ateus em um país em que quase 80 % da população é católica ou evangélica. Que tal?”, ironizou o parlamentar.

Pesquisa Datafolha divulgada em dezembro mostrou a rejeição do governo Lula entre os evangélicos: 43% consideravam a gestão ruim ou péssima, contra 26% que o aprovavam. 

“Incrível como a arrogância do nosso campo se sobrepõe, mesmo com impopularidade e uma derrota cada vez mais real em 2026 (…) O cara mete 4 milhões de pessoas em uma live quatro da manhã e representa a maior religião do país, e a gente ao invés de mudar a pauta e conseguir conquistar esses mesmos eleitores por outro flanco, parte pra cima daquele que, gostemos ou não, os representa e tem a admiração dos fiéis, que (olha que SURPRESA) também são eleitores”, disparou Janones.

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Frei Gilson

Aos 38 anos, Frei Gilson, que também canta e toca,  acumula mais de 6,5 milhões de inscritos no YouTube e 7,5 milhões de seguidores no Instagram, além de 1,3 milhão de ouvintes mensais no Spotify. Passou a integrar a congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo aos 18 anos em atualmente, é líder do grupo Som do Monte, que faz a evangelização por meio da música. É ligado à comunidade Canção Nova, fortemente influenciada pela corrente conservadora Renovação Carismática Católica.

Gilson tornou-se famoso quando começou a fazer lives na pandemia, durante a madrugada, e por ter posicionamento considerado conservador e alinhado ao bolsonarismo.

Em 2021, durante o governo Bolsonaro, realizou uma live em Brasília na qual clamava para que “os erros da Rússia” não viessem a “assolar o Brasil”. Na mesma época, chegou a realizar missas “em clamor pelo Brasil”.

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