O tráfico de animais silvestres é considerado o terceiro maior crime de contrabando do mundo. Perde apenas para o de drogas e armas. Com a diversidade de fauna e flora que possui, o Brasil contribui com 15% deste comércio. O crescimento das redes sociais contribui ainda mais para expansão dos negócios. A Polícia Federal de Campinas, cidade do interior de São Paulo, e o Ibama deflagraram nesta quinta-feira, 30, a operação Arca de Noé 2, para coibir e investigar a criação de animais silvestres, que são vendidos pela internet. Foram expedidos nove mandados de busca e apreensão em cidades do interior de São Paulo e Rio de Janeiro. Nos locais, os policiais resgataram 33 animais exóticos criados para o tráfico.
Entre as espécies encontradas havia um escorpião-imperador (Pandinus imperator), um réptil da espécie Eublepharis macularius (Gecko Leopardo), dez aranhas caranguejeiras, 18 serpentes e três lagartos de espécies ainda não identificadas. Os agentes federais ainda se depararam com criações de insetos, usados na alimentação dos animais silvestres mantidos em cativeiro.
A investigação começou no ano passado, com informações obtidas depois da prisão em flagrante de um homem, que mantinha em cativeiro dezenas de cobras, aranhas, lagartos e tartarugas, comercializados pelas redes sociais. De acordo com a Policia Federal, “após a prisão foi identificada uma extensa rede de contatos de pessoas. Os flagrantes desta quinta-feira resultaram em multas no total deram R$ 61,4 mil. Em 2024 o órgão lavrou mais de 350 autos de infração, com valor superior a R$ 25 milhões somente no estado de São Paulo.
(com Agência Brasil)
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