Na contagem regressiva para a premiação do Oscar 2025, no dia 2 de março, a coluna GENTE listou as produções que, antes de Ainda Estou Aqui, representaram o país na busca pela estatueta. O filme do diretor Walter Salles colocou o Brasil em cartaz seis anos após a última vez que uma produção brasileira foi nomeada, com o documentário Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa. Com três indicações, o longa é o terceiro no ranking dos filmes brasileiros com mais indicações, atrás de O Beijo da Mulher-Aranha (1985) e Cidade de Deus (2004), ambos com quatro indicações. A nomeação de Fernanda Torres também pôs fim a outro jejum de 26 anos na indicação de brasileiros às categorias de atuação: até então, a última havia sido sua mãe, Fernanda Montenegro, em 1999, por sua atuação em Central do Brasil, também do diretor Walter Salles.
Confira a lista de produções:
Orfeu do Carnaval (1959): coprodução entre Brasil, França e Itália, o filme venceu o Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional, mas a estatueta foi para a França.
O Pagador de Promessas (1962): primeira produção 100% brasileira a ser indicada ao Oscar, tendo concorrido na categoria de Melhor Filme Internacional.
Raoni (1978): concorreu na categoria de Melhor Documentário em Longa-Metragem.
O Beijo da Mulher-Aranha (1985): Sônia Braga foi indicada ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante. Concorreu também a quatro categorias no Oscar: Melhor Filme; Melhor Diretor (Hector Babenco); Melhor Roteiro Adaptado; e Melhor Ator, vencida pelo americano William Hurt.
O Quatrilho (1995): indicado ao Oscar de 1996 na categoria Melhor Filme Internacional.
O que é isso, companheiro? (1997): indicado ao Oscar de 1998 na categoria Melhor Filme Internacional. Possui Pedro Cardoso e Selton Mello no elenco.
Central do Brasil (1998): Fernanda Montenegro foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz no Oscar de 1999, a primeira indicação de uma brasileira à estatueta nessa categoria. O longa concorreu também como Melhor Filme Internacional.
Uma história de futebol (1998): concorreu ao Oscar em 2001 na categoria de Melhor Curta-Metragem em Live Action.
Cidade de Deus (2002): indicado em quatro categorias no Oscar 2004, incluindo Melhor Diretor para Fernando Meirelles; Melhor Edição, Melhor Fotografia e Melhor Roteiro Adaptado.
Diários de Motocicleta (2004): coprodução entre o Brasil e outros sete países e concorreu às categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Canção Original no Oscar 2005, tendo vencido esta última.
Lixo Extraordinário (2010): coprodução entre Reino Unido e Brasil e concorreu ao prêmio de Melhor Documentário em Longa-Metragem no Oscar de 2011.
O menino e o mundo (2013): concorreu em 2016 na categoria de Melhor Animação em Longa-Metragem.
O sal da terra (2014): concorreu à categoria de Melhor Documentário em Longa-Metragem no Oscar de 2015.
Democracia em Vertigem (2019): concorreu à categoria de Melhor Documentário em Longa-Metragem no Oscar de 2020.