Uma operação conjunta de diferentes órgãos do governo Lula resgatou, no fim de semana, um grupo de trabalhadores submetido ao trabalho escravo em minas subterrâneas de garimpo ilegal na Amazônia.
A investigação teve início a partir de denúncias de exploração de mão-de-obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro.
A ação na região de Maués, no Amazonas, contou com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.
“Durante a ação, as equipes de campo constataram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas sem acesso a direitos básicos e estavam expostos aos riscos decorrentes do uso de substâncias químicas tóxicas. Além disso, verificou-se que a extração do minério ocorria por meio de minas subterrâneas – um método incomum e de alto risco –, e os danos ambientais já avaliados superam 1 bilhão de reais, considerando desmatamento, contaminação de lençóis freáticos e degradação de áreas de preservação”, diz a PF.
O garimpo alvo desta operação é um dos mais antigos do Brasil, sendo esta a primeira vez que a Polícia Federal realiza a desintrusão de um garimpo subterrâneo.