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O que a Finlândia, país mais feliz do mundo, precisa aprender com o Brasil

Pela oitava vez, a Finlândia foi eleita o país mais feliz do mundo, segundo Relatório Mundial da Felicidade da ONU, divulgado na quinta-feira, 20. Para destrinchar os motivos dessa felicidade, a finlandesa Heidi Virta, diretora sênior e Head da Business Finland na América Latina, lançou o livro How to Be Happier and Worry Less? , que analisa os tópicos que colocaram o país europeu no topo do ranking. Há cinco anos, Heidi vive no Brasil, mas passeia há quase duas décadas pelos países latino-americano. Parte dessa felicidade, segundo a autora conta à coluna GENTE, vem da segurança que os finlandeses sentem com o próprio país. “Gerar políticas públicas de igualdade para que todos tenhamos oportunidades de prosperar, conseguir trabalhar, além do que custaria também estudar o que queremos. Transparência, que temos total transparência das públicas privadas, ou educação gratuita, ou saúde gratuita”, afirma.

De acordo com a autora, seu país tem uma vantagem em relação à pouca hierarquia nas instituições e a falta de burocracia – o que passa uma sensação de segurança. “Na Finlândia, 90% das pessoas confiam na polícia e 85% confiam em outras pessoas. Esse é um fator muito importante”. Apesar de ter muito o que ensinar aos outros países sobre como transformar uma sociedade feliz, Heidi admite que os finlandeses podem aprender com os brasileiros, principalmente pelo jeito caloroso e receptivo de ser. “Temos muito o que aprender. O Brasil utiliza o humor para fazer coisas mais difíceis, leves, para romper o gelo também… A generosidade, a maneira como cuidam da família, cuidam dos vizinhos, do ambiente de trabalho”. Dentro desse leque, ela não deixa passar em branco a época mais feliz do ano para os brasileiros: o Carnaval. “É uma celebração da vida, de alegria coletiva e uma mistura de diferentes culturas, como se encontram para celebrar a vida com plenitude”.

Embora o Brasil seja um país “alegre”, a seu ver, há questões estruturais que precisam ser resolvidas e que afetam a felicidade. “Vejo uma desigualdade muito latente aqui. O que o país que pode para melhorar é dar as mesmas oportunidades para todas as pessoas, para prosperar, ter acesso à educação, ter acesso à carreira, ter acesso ao desenvolvimento pessoal”. Na Finlândia, por exemplo, quando se menciona o tópico trabalho, há uma maior estabilidade, além de horários mais curtos e superprodutivos. Mas Heide não esconde o amor pelo Brasil – embora seja especialista de felicidade e esteja ciente de que a Finlândia lidera no ranking, ela ainda prefere viver em solos brasileiros.

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