Os personagens homens de White Lotus são, definitivamente, bastante falhos. A terceira temporada não é exceção, com vários na disputa pela honra de ser o “pior em absoluto”. Essa designação não é uma crítica ao ator ou à sua performance – até porque, tal como a audiência comprova o sucesso, a coluna GENTE também é fã da produção. A seleção condiz com a construção do machismo exacerbado em cena.
E não há como comparar. Quem ganha esse “troféu” é o ator Tayme Thapthimthong. Tudo por causa do seu personagem, Gaitok, que começou a temporada como um simpático guarda de portão apaixonado e se transformou num poço de “qualidades desagradáveis” e cujos erros podem levá-lo a um desastre. Cuidado que vem spoiler a seguir!
Primeiro, a perseguição de Gaitok pela adorável Thidapon (Lisa Manobal) rapidamente passou de um romantismo infantil para um constrangimento do tipo “por favor, deixe-a em paz”; enquanto ele ignorava a resistência educada de sua colega de trabalho. Ele é uma comparação interessante com Saxon, que faz tantos comentários sobre perseguir mulheres, mas pelo menos consegue ignorar a rejeição. Segundo, Gaitok é péssimo no que faz. Uma coisa é alguém ser ruim em algo com o qual não se importa. Mas Gaitok quer desesperadamente ter sucesso no resort e ganhar uma promoção, mas não consegue nem lidar com a modesta responsabilidade de cuidar de um simples portão.