O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), exonerou o policial militar Raphael Alves Mendonça da Assessoria Militar do Gabinete do prefeito, cargo responsável por fazer a segurança de Nunes e da sua família. A exoneração foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, 30.
Mendonça, que é capitão da Rota, a tropa de elite da PM paulista, é investigado pela Corregedoria por supostamente ter envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação apura a participação dele em uma rede de informantes da facção dentro da polícia.
Na exoneração publicada no Diário Oficial, Nunes revogou o ato que havia nomeado Mendonça como integrante da sua equipe de segurança. A decisão também cancela a gratificação que o capitão ganhava no posto, o qual ocupava desde junho de 2024.
A investigação da Corregedoria apura vazamentos que aconteceram entre 2021 e 2022 e que teriam tido a participação de subordinados de Mendonça quando ele atuava no Centro de Inteligência da Rota.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirma que Raphael Alves Mendonça trabalhou na Assessoria Policial Militar da Prefeitura de junho de 2024 a janeiro de 2025 em funções administrativas e que, eventualmente, fez a escolta do prefeito em substituição a outros policiais militares. A prefeitura diz, ainda, que a seleção e a movimentação desses profissionais são de responsabilidade da Polícia Militar.
A PM, por sua vez, diz quaisquer envolvimentos de agentes da polícia com o crime organizado são investigados rigorosamente pela Corregedoria. Ainda de acordo com a corporação, Mendonça foi transferido para o 21º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano em 20 de janeiro. No local, ele desempenha atividades administrativas, até a conclusão das investigações.
Por ora, a Corregedoria afirma que preservará os detalhes do inquérito para “não atrapalhar as apurações, que seguem em andamento”.