O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta terça-feira, 25, uma operação com uso de bombardeios contra o grupo armado Clã do Golfo, em Segóvia, no departamento de Antioquia. O Exército e a Força Aeroespacial participaram da ofensiva, que culminou na morte de nove membros do grupo, uma prisão e 13 fuzis apreendidos. Entre os mortos, estão o líder Manuel Alexander Ariza Rosario, conhecido como Hitler, e Jairo Julio de Hoyos, segundo em comando do Exército Gaitanista Colombiano (EGC), apelidado de Neymar.
“Esta unidade do clã já havia participado da emboscada das forças especiais do exército e do desaparecimento e posterior assassinato de nosso camarada Gallego da Colombia Humana, líder em Segóvia”, escreveu o líder colombiano no X, antigo Twitter. “Parabéns às tropas que participaram da operação.”
Segundo informações da Inteligência da Colômbia, Hoyos liderava a unidade móvel do grupo armado e participou do assassinato de cinco soldados em fevereiro do ano passado. Na ocasião, outros oito ficaram feridos. A tropa comandada por Neymar também estaria por trás da morte do líder social e minerador Jaime Gallego, conhecido como “Mongo”, no início do mês. Em outra publicação, o Ministério da Defesa afirmou que 300 kg de maconha foram apreendidos.
A operação teve início no sábado, 23, e estava relacionada ao assassinato de Mongo. Trata-se do terceiro bombardeio autorizado por Petro contra organizações de narcotráfico, sendo o primeiro neste ano, informou o jornal colombiano El Tiempo. Os ataques aéreos haviam sido suspensos, embora a política seja popular entre a oposição, que antes acusava Petro de faltar com firmeza com os grupos terroristas.
Na semana passada, o ministro da Defesa da Colômbia, Pedro Sánchez, afirmou que os bombardeios não haviam sido interrompidos permanentemente, acrescentando: “A única decisão política do Presidente está alinhada com a proteção da vida. Mas a opção legal e a capacidade estratégica da Força Aeroespacial estão disponíveis e serão aplicadas de acordo com o DIH.”