A Câmara dos Deputados vai fazer nesta terça-feira uma sessão solene sobre o Direito à Verdade, que visa memorar o Dia Internacional da Verdade, que aconteceu em 24 de março. Com o objetivo de relembrar graves violações aos direitos humanos e à dignidade de vítimas durante a ditadura militar brasileira, o evento contará com a presença do neto de Rubens Paiva, Francisco Paiva, e do filho de Vladimir Herzog, Ivo Herzog.
Ex-deputado, Rubens Paiva foi morto pelas mãos de agentes do regime militar no DOI-CODI do Rio de Janeiro, nos anos 1970. O mesmo aconteceu com Vladimir Herzog, jornalista durante o período.
A cerimônia será encabeçada pelo PSOL, que, em nota, afirmou que “o tema está na pauta, sobretudo neste momento em que Bolsonaro, juntamente com outros nomes de seu governo, se tornam réus por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado”. A legenda ressaltou que ministros do STF, ao julgarem a denúncia sobre a trama golpista de 2022 envolvendo o ex-presidente, fizeram referência à ditadura de 1964, que completou 61 anos nesta segunda-feira.
Além dos parentes de Paiva e Herzog, estarão presentes a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Maria Evaristo dos Santos, o relator especial para a Promoção da Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Reincidência da ONU, Bernard Duhaime, e a ex-presa e torturada política Criméia de Almeida, da Comissão de Familiares de Mortos e Desparecidos.
A solenidade será presidida pelos deputados Luiza Erundina e Ivan Valente, ambos do PSOL, e está marcada para as 11h.