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Na ONU, EUA culpam Hamas por mortes em Gaza após Israel retomar bombardeios

Os Estados Unidos culparam o grupo terrorista palestino Hamas pela morte de civis após Israel retomar os ataques à Faixa de Gaza durante sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta sexta-feira, 21. O governo israelense rompeu oficialmente com o acordo de cessar-fogo, firmado em janeiro, há três dias ao reiniciar operações terrestres e bombardeios ao enclave devastado pelo conflito, iniciado em outubro de 2023.

“O Hamas tem total responsabilidade pela guerra em andamento em Gaza e pela retomada das hostilidades. Cada morte teria sido evitada se o Hamas tivesse aceitado a proposta de ponte que os Estados Unidos ofereceram na quarta-feira passada”, disse a embaixadora americana interina na ONU, Dorothy Shea, em referência a um plano para a extensão da primeira fase do acordo de cessar-fogo.

A violação à trégua foi justificada por Israel como uma forma de pressionar o Hamas a libertar os reféns restantes. A segunda fase do cessar-fogo, que não chegou a ser implementadas por impasses nas negociações, previa a soltura dos cativos, mas sob as condições de uma retirada total das tropas israelenses do território e um plano para o fim permanente da guerra que incluísse um governo temporário de Gaza. Essas prerrogativas foram evitadas por Tel Aviv, que exige que o Hamas deixe o governo no enclave para sempre.

Das 250 pessoas sequestradas nos ataques de 7 de outubro de 2023, 59 permanecem em posse dos militantes. Delas, acredita-se que apenas 24 ainda estejam vivos. Israel demanda que os corpos também sejam devolvidos ao país imediatamente.

No Conselho de Segurança, o embaixador israelense Danny Danon alegou que Israel “eliminou vários dos principais terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina” nos últimos dias, e afirmou que o grupo se via diante de uma “escolha”.

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“Podem voltar à mesa e negociar, ou podem esperar e assistir sua liderança cair, uma por uma. Não vamos parar até que nosso povo volte para casa, todos eles”, disse. No momento, o Hamas analisa uma proposta dos Estados Unidos para restaurar o cessar-fogo.

Em contrapartida, o embaixador francês Jerome Bonnafont teceu duras criticas a Israel e pressionou o país a “retomar incondicionalmente a ajuda humanitária, parar os bombardeios, manter a lógica das negociações, por mais lentas que sejam, e parar de responder à crueldade com o desencadeamento da violência”.

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Ameaça israelense

Ainda nesta sexta-feira, 0 ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou que seus militares “conquistem mais terras” na Faixa de Gaza e lançou uma ameaça sobre possíveis anexações caso o Hamas não liberte os 59 reféns. Katz prometeu ainda intensificar os ataques ao Hamas, usando “pontos de pressão” civis e militares para derrotar o grupo.

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“Eu ordenei (ao exército) para que tomasse mais território em Gaza… Quanto mais o Hamas se recusar a libertar os reféns, mais território perderá, que será anexado por Israel”, disse ele em uma declaração.

O ministro também falou na “ocupação permanente” de “zonas de proteção” dentro da Faixa de Gaza, de acordo com a agência de notícias AFP. “(Caso o Hamas não ceda), vamos expandir zonas de proteção ao redor de Gaza para salvaguardar áreas de população civil israelense, com soldados implementando uma ocupação israelense permanente da área”, completou.

Ele chegou a dizer, inclusive, que a vitória significa implementar a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a reconstrução de Gaza como um resort no Mediterrâneo de propriedade americana, após a realocação de seus habitantes palestinos para outros países árabes. O deslocamento forçado é considerado um crime de guerra e viola o direito internacional.

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