Han Jong-hee, co-CEO da Samsung Electronics, faleceu nesta terça-feira, 25, aos 63 anos, de ataque cardíaco, em um momento delicado da companhia sul-coreana. Apenas seis dias antes de sua morte, Han pediu desculpas públicas pelo baixo desempenho da empresa em 2024. Ele dividia a função de CEO com Jun Young-Hyun, chefe da divisão de semicondutores da empresa. A Samsung nomeou Jun como o único CEO após a notícia da morte de Han.
Na reunião anual de acionistas da Samsung, realizada em Suwon, no último dia 19, a empresa enfrentou críticas de investidores descontentes com o desempenho das ações, que perderam quase um quinto de seu valor no ano passado. Apesar do aumento da demanda global por hardwares para inteligência artificial, a Samsung viu sua participação de mercado declinar em todas as suas áreas de atuação em 2024, enquanto os concorrentes aproveitaram o momento.
No encontro com acionistas, Han Jong-hee prometeu que a empresa buscaria fusões e aquisições para reviver o crescimento. Ele admitiu que a competitividade tecnológica da Samsung enfraqueceu nos últimos anos e atribuiu isso, em parte, aos entraves regulatórios para fazer fusões no setor de semicondutores.
Formado em engenharia elétrica, Han entrou para a companhia sul-coreana há mais de três décadas e tornou-se co-CEO em 2022. Ele foi fundamental para o desenvolvimento e a expansão dos eletrônicos de consumo da Samsung, incluindo televisores e dispositivos móveis. Atribui-se a ele a transformação da Samsung em líder mundial no mercado de TVs, a partir de 2006, popularizando os modelos LED e superando concorrentes japoneses, como a Sony.
Han Jong-hee deixa esposa e três filhos.