A Polícia Civil de São Paulo ainda tenta esclarecer os detalhes do assassinato da jovem Vitória Regina Sousa, de 17 anos, o crime brutal que chocou a cidade de Cajamar (SP). A jovem desapareceu no dia 26 de fevereiro e foi encontrada morta na última quarta-feira, 5. Neste sábado, 8, a Polícia Civil faz diligências na região para tentar solucionar o caso.
Sete pessoas são suspeitas, entre elas o ex-namorado Gustavo Vinícius Moraes, de 26 anos, que está detido. O corpo da adolescente foi encontrado em um matagal em Cajamar com sinais de extrema violência e em estado avançado de decomposição. A investigação da polícia aponta para um possível crime passional motivado por vingança, mas ainda há perguntas sem resposta. Mensagens mostram que Vitória relatou medo na noite do crime, ao ser seguida após sair do trabalho. Veja os principais pontos em aberto:
Qual foi a real motivação do crime?
A polícia trabalha com a hipótese de um crime passional e não descarta a possibilidade de vingança. O cabelo raspado da vítima é um indicativo de execuções ligadas a traições dentro de facções criminosas, mas não há evidências de que Vitória ou os suspeitos tivessem envolvimento com o crime organizado. A relação do ex-namorado e do dono do veículo com a vítima segue sob investigação.
Quem são os responsáveis diretos pela morte de Vitória?
Sete pessoas são investigadas, mas a polícia ainda não esclareceu qual o grau de participação de cada uma. O ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinícius Moraes, de 26 anos, é o principal suspeito. Além dele, quatro homens foram vistos seguindo a jovem no dia do crime. Outros dois nomes são investigados: Gustavo Henrique dos Santos, amigo e possível interesse romântico da vítima que também ignorou o pedido de ajuda feito por Vitória. Há também um homem não identificado, dono do Toyota Corolla usado no crime, que também está na lista de suspeitos.
Qual o envolvimento de Gustavo Vinicius?
Gustavo Vinícius Moraes, de 26 anos, é o principal suspeito. Prestou depoimento, mas foi liberado depois que a Justiça negou o pedido de prisão temporária feito pela polícia. No entanto, ele retornou à delegacia e se entregou voluntariamente, alegando temer por sua vida, pois se sentia ameaçado pelos outros investigados. A polícia ainda investiga sua real participação no crime, especialmente porque ele ignorou os pedidos de ajuda da vítima na noite do desaparecimento e estava próximo ao local onde ela foi vista pela última vez, conforme apontam as antenas de celular.
Onde Vitória foi assassinada?
O corpo da jovem foi encontrado em um matagal em Cajamar (SP), mas a perícia aponta que o assassinato pode ter ocorrido em outro local, já que havia pouco sangue na cena. O último sinal do celular da vítima foi registrado próximo a uma represa, do outro lado da cidade. A polícia acredita que ela foi morta lá e depois transportada para onde foi encontrada.
Por que o ex-namorado ignorou os pedidos de ajuda?
Antes de desaparecer, Vitória pediu uma carona a Gustavo Moraes, afirmando que estava com medo de fazer o trajeto sozinha. Ele não respondeu. Posteriormente, quando os pais da jovem também tentaram contato, ele seguiu sem dar retorno. No primeiro depoimento, Moraes alegou que estava com outra garota e não viu as mensagens, mas a polícia descobriu que ele estava próximo ao local do crime no horário do desaparecimento, por meio do registro das antenas de celular.
O que significa a coincidência do carro do pai da vítima ter quebrado no dia do crime?
Com o carro quebrado, o pai de Vitória não foi buscá-la justamente no dia do desaparecimento, levantando suspeitas sobre se foi algo planejado.
Por que Vitória foi alvo de tanta violência?
O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, com a cabeça raspada e sem roupas, o que pode indicar crueldade ou algum tipo de mensagem sobre traição.
Quais os próximos passos da investigação?
A investigações do caso seguem pela Delegacia de Cajamar, que realiza diligências para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Mais detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial, segundo informou a Polícia Civil.
O que os laudos periciais do IML vão revelar?
Exames foram solicitados aos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC) e os laudos estão em elaboração, sendo analisados pela autoridade policial tão logo forem concluídos. O estado do corpo dificulta determinar a causa da morte e possíveis detalhes sobre a agressão sofrida.