Um escândalo que ecoou nos corredores do poder fez elevar a temperatura na Islândia. O aquecimento acelerou naquelas bandas nórdicas depois de a oposição fazer forte pressão para que a ministra dos Assuntos da Criança, Ásthildur Lóa Thórsdóttir, 58 anos, renunciasse ao cargo após quatro ligeiros meses, arrastada por um escândalo sexual. Acabou vindo à luz que ela teve um filho aos 23 anos com um colega de igreja de 15. “Já se passaram 36 anos e muita coisa mudou. Definitivamente teria abordado essas questões de forma diferente hoje”, garantiu ela, chorosa, a um portal de notícias local. A situação, na letra fria da lei, é considerada crime. E, para fervilhar ainda mais o caldeirão na terra de belos fiordes, o pai decidiu contar que nunca teve participação ativa na criação do filho. Sem opção, a ministra deixou o posto.
Com reportagem de Giovanna Fraguito e Mafê Firpo
Publicado em VEJA de 28 de março de 2025, edição nº 2937
