O machistoide presidente da Argentina, Javier Milei, resolveu jogar suas mãos preconceituosas contra mulheres dos países membros do Mercosul, seguindo a sistemática política de desrespeito que faz em seu país.
Depois de extinguir o Ministério das Mulheres, desmantelar os programas de Estado sobre violência de gênero e dar ordens para que haja a eliminação do conceito legal de feminicídio, Milei iniciou movimento semelhante na organização intergovernamental sul-americana.
Segundo revela o jornalista Jamil Chade, nesta quinta, 20, a Argentina, que preside o Mercosul no primeiro semestre de 2025, congelou trâmites tradicionais do bloco, como a reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher da organização que acontecem neste período.
Não há sinalização de que a reunião irá acontecer. Na verdade, tudo indica, segundo diplomatas ouvidos pela coluna, que Milei fará esse atropelo nos outros países membros do Mercosul.
Isso mostra como a extrema-direita age de forma organizada ao redor do mundo. Basta lembrar que Donald Trump tem feito movimentos políticos semelhantes nos Estados Unidos, assim como, em alguns momentos de seu governo, também agiu Jair Bolsonaro.
Em meio a esse quadro desolador, o presidente Lula erra ao não conseguir fazer uma postura de contraponto aos líderes ultradireitistas. É pior do que isso: o petista tem feito declarações machistas e misóginas reiteradamente em seu terceiro mandato.
O mês do Dia Internacional da Mulher neste 2025, celebrado no último 8 de março, tem um significado ainda mais importante do que os de anos anteriores. Mais do que nunca é preciso resistir, denunciar e condenar práticas de violência de gênero.