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Medo de recessão após ‘tarifaço’ de Trump impulsiona dólar e derruba Ibovespa

Os mercados no Brasil e no exterior foram marcados nesta segunda-feira, 7, pela extensão do pânico visto nos últimos dias ao redor do mundo. O dólar fechou em forte alta de 1,29% contra o real, cotado a R$ 5,91, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou firme queda de 1,31% no fim do pregão, atingindo os 125.558 pontos. A aversão ao risco é resultado direto da guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra outros países, que pode desencadear um período de recessão na economia americana.

A medida estabelecida pela China na última sexta-feira, 4, de impor tarifas de retaliação de 34% sobre exportações americanas — o mesmo percentual anunciado por Trump contra a importação de produtos do país asiático — continua se refletindo sobre os negócios. A preocupação é de até onde vai a escalada dos conflitos comerciais, uma vez que Trump prometeu devolver a retaliação dos chineses em mais 50% de tarifas.

Junto a isso, investidores e instituições financeiras de todo o mundo temem uma recessão econômica em solo americano e em diversas economias globais, já que as medidas praticadas pelo governo americano podem esfriar significativamente a economia dos países, como resultado do posicionamento protecionista das novas medidas.

Fora dos Estados Unidos, os mercados foram marcados pelo pânico em relação aos possíveis efeitos negativos nos países asiáticos, na esteira da decisão da China. No Japão, por exemplo, a bolsa de Tóquio teve de ativar o circuit breaker, ferramenta que interrompe as negociações, após as perdas terem superado os 10% nesta madrugada. O Hang Seng, índice da bolsa de valores de Hong Kong, despencou 13,22% hoje, a sua maior queda diária desde 1997.

No mercado de bolsas americanas, o S&P 500 fechou em queda de 0,27%, enquanto o Nasdaq operou em direção contrária e registrou uma leve alta de 0,10% no fim do pregão. Mesmo assim, o índice VIX,  conhecido como o “termômetro do medo” de Wall Street, chegou a superar os 60 pontos nesta manhã, atingindo o seu maior patamar desde agosto de 2024. Esse nível se equipara somente aos registrados durante a crise financeira de 2008 e no ápice da pandemia de Covid-19, em março de 2020. 

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No cenário doméstico, a bolsa brasileira acompanhou o mau humor dos negócios lá fora e operou em baixa desde a abertura da sessão. A queda notável veio junto à divulgação do Boletim Focus da semana, que confirmou que não houve melhora na previsão dos economistas ouvidos pelo Banco Central para a inflação, para o Produto Interno Bruto (PIB) e para a taxa Selic.

O petróleo, uma das principais commodities para o mercado brasileiro, registrou perdas acima de 1%, com efeito direto sobre grandes companhias, caso da Petrobras, que contribuiu para o desempenho negativo do Ibovespa. Os papéis da estatal fecharam em queda de 3,76%. O mesmo se viu no minério de ferro, que teve baixa diária de 1,48% — a Vale encerrou com perdas de 1,2%.

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