Líder do grupo islâmico que tomou o comando da Síria e derrubou o presidente Bashar al-Assad, Abu Mohammed al-Jawlani foi recebido, neste domingo, 8, por uma multidão em uma mesquita na capital síria, Damasco. No local, discursou usando seu verdadeiro nome, Ahmed al-Sharaa. Deposto pelos rebeldes do Hayet Tahrir al-Sham (HTS), Bashar al-Assad deixou o país também neste domingo, embora seu paradeiro seja desconhecido. O governava desde 2000, depois de assumir a cadeira com a morte de seu pai.
Nas redes sociais, circula um vídeo do momento em que al-Jawlani caminha em direção à entrada da mesquita de Umayyad, escoltado por seguranças e saudado pelas pessoas ao redor, que também gritava “Allahu akbar (Deus é o maior)”. Acusado no passado de cometer abusos dos direitos humanos, o líder do HTS tem buscado apresentar imagem mais moderada e pragmática ao mundo, embora ainda seja procurado pelos Estados Unidos com recompensa milionária.
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Oficialmente, não há informações precisas sobre sua idade ou sobre sua origem. Relatórios da ONU e da União Europeia afirmam que ele nasceu em algum momento entre 1975 e 1979. A Interpol diz que foi em 1979. Uma notícia do antigo jornal libanês As-Safir diz que ele nasceu em 1981.
Abu Mohammed al-Jawlani comanda o Hayat Tahrir al-Sham desde 2017, quando, segundo ele, seus combatentes se uniram a outros grupos rebeldes na Síria. Sob seu comando, o grupo se tornou o principal grupo rebelde no noroeste da Síria. No histórico, o HTS tem ações contra a atuação da Al-Qaeda na cidade de Idlib, onde se colocavam, e de repressão a operações do Estado Islâmico na região.
E embora seja um grupo fundamentalista islâmico, o HTS impõe a lei islâmica de maneira mais branda que os grupos jihadistas. O Hayat Tahrir al-Sham também foi classificado como uma organização terrorista por vários governos ocidentais e do Oriente Médio, e pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.