Após o fiasco no Oscar com o filme Emilia Perez, a atriz Karla Sofía Gascón voltou a se manifestar publicamente sobre as polêmicas em que ela se viu envolvida durante a campanha de divulgação do filme. “Está claro que houve uma campanha contra mim”, ela disse em uma postagem no X.
A atriz, a primeira mulher transgênero a ser indicada ao Oscar, poderia também ter se tornado a primeira a ganhar a estatueta, quando tuítes polêmicos foram revelados pela jornalista Sarah Hagi. Neles, Gascón fazia comentários reprováveis sobre George Floyd, um homem negro assassinado pela polícia americana, dizendo que ele “era viciado em drogas”. Ela criticou ainda o Oscar de 2021, considerando-o um “festival afro-coreano”, além de dar opiniões sobre Hitler, nazismo, judeus e outros temas.
Durante a campanha pelo Oscar, a Netflix deixou de apoiá-la ao perceber que o comportamento e as opiniões dela se tornaram altamente tóxicas para a campanha. Agora, Gascón pretende revidar. Ela voltou a falar sobre os temas em um evento para promover o livro biográfico Lo que queda de mi (O que sobrou de mim), lançado esta semana.
“Está claro que houve uma campanha contra mim e que eles continuaram até conseguirem o que queriam”, disse ela, segundo o jornal The Guardian. A atriz disse também que o escândalo a levou a “contemplar o impensável”.
No livro, a atriz contará sua jornada até a mudança de gênero e a polêmica em Hollywood durante o Oscar. “Não é uma ficção verdadeira convencional nem uma autobiografia tradicional. É o testemunho de uma transformação profunda, uma história que não tem medo de enfrentar nada… muito menos a verdade”, diz a descrição do livro.