No encontro de fim de ano com jornalistas que cobrem o STF, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, que também comanda o CNJ, defendeu o Judiciário de críticas sobre gastos com benefícios de magistrados — os chamados penduricalhos criados, muitas vezes, pelos próprios juízes que se beneficiam dos recursos.
Questionado se o Judiciário não teria sua parcela de sacrifício a entregar na discussão sobre cortes de gastos que envolve o Executivo e o Legislativo, Barroso argumentou que o poder é o que menos contribui com o descontrole fiscal no país.
“Nos últimos sete anos, o Judiciário não gastou nenhum vintém a mais do que o orçamento que tinha em 2017, já corrigido pela inflação. De modo que o Judiciário não tem participação nem responsabilidade sobre a crise fiscal brasileira”, disse Barroso aos jornalistas.
O presidente do STF lembrou que os magistrados brasileiros passam por rigoroso critério de seleção e merece, na visão dele, ter salários compatíveis aos de executivos do setor jurídico de grandes empresas, por exemplo. O ministro, no entanto, deixou claro que é contra o pagamento de qualquer benefício que não tenha previsão legal.