O Itaú Unibanco ingressou na Justiça com uma ação de responsabilidade contra Alexsandro Broedel, seu ex-diretor financeiro, e o professor de contabilidade Eliseu Martins. O processo exige que Broedel devolva 3,3 milhões de reais que teria recebido indevidamente. Em dezembro passado, o banco acusou Broedel de manter uma sociedade não declarada com Martins em uma consultoria que prestou serviços ao Itaú entre 2019 e 2024.
A contratação da consultoria e os pagamentos foram aprovados pessoalmente por Broedel. Segundo o Itaú divulgou na época, Martins teria recebido cerca de 10 milhões de reais pelos serviços prestados durante os cinco anos de contrato. Com a descoberta de que Broedel era seu sócio, o banco calcula que o ex-executivo tenha ficado com 40% desses valores.
Ainda segundo o Itaú, o esquema envolveria uma série de movimentações financeiras para ocultar o vínculo. Parte dos pagamentos feitos pelo banco a Martins era transferida por ele a empresas administradas pelos filhos de Broedel. Em seguida, o dinheiro era repassado para a Broedel Consultores, a empresa em que o ex-diretor e Martins são sócios.
O Itaú acrescenta que as transações foram detectadas por uma auditoria interna realizada no ano passado, após Broedel deixar a instituição para assumir um cargo no Santander na Espanha.