O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou na manhã desta quinta-feira, 13, que as escolas de samba que perderam fantasias e adereços com o incêndio de uma fábrica em Ramos, na Zona Norte, não serão rebaixadas neste carnaval. Em suas redes, Paes disse que conversou com o presidente da Série Ouro, Hugo Júnior, e que Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu foram prejudicadas pelas chamas que consumiram uma confecção que trabalhava 24h na produção para diferentes agremiações. “Já tomamos a decisão de que, independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas no carnaval desse ano. Havendo possibilidade de desfilar, as três serão consideradas hors-concours”, postou o prefeito.
Como Paes está em Brasília, onde foi escolhido na noite de ontem para ser o presidente da Frente Nacional de Prefeitos, ele disse que o seu vice, Eduardo Cavaliere, acompanha de perto toda a situação. Nesta manhã, há 1 3unidades do Corpo de Bombeiros, com cerca de 90 agentes, atuando no local do incêndio, onde até a última informação da corporação 21 pessoas foram resgatadas com vida. Uma pessoa foi encaminhada em estado grave para o Hospital Souza Aguiar. O fogo começou antes das 7h30, e provocou pânico na região, com trabalhadores pedindo por socorro das janelas. Segundo o governo do estado, o edifício não tinha autorização para funcionar como fábrica.
Em nota, a escola de samba Império Serrano afirmou que “lamenta profundamente o incêndio que ocorre nas dependências da Maximus Confecções, nesta manhã, em Ramos”, e informou que “toda a produção das fantasias do carnaval 2025 do Império Serrano se encontram na fábrica”. “Neste momento, estamos focados em garantir a segurança de todos os envolvidos neste acidente”, completou a agremiação.
A Liga RJ, responsável pelas agremiações que disputam a Série Ouro, terceira divisão do Carnaval carioca, afirmou que em nota que a fábrica atingida é “um espaço essencial” para a folia no Rio e “desempenha um papel fundamental no fornecimento de materiais para as escolas de samba”. Por isso, “o impacto deste incidente atinge diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida na sua realização”, afirma a entidade, que ressalta que a “primeira e maior preocupação é com a segurança e o bem-estar de todas as pessoas que estavam no local”.