Um caso de extrema violência tem gerado revolta e indignação entre as autoridades e a população. Momentos antes do clássico entre Santa Cruz e Sport, pelo Campeonato Pernambucano, um homem foi brutalmente espancado e estuprado durante um confronto entre torcidas organizadas dos dois clubes.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o homem sendo atacado por um grupo de homens, muitos deles usando camisas do Santa Cruz. A vítima foi arrastada, despida e violentada sexualmente com o uso de objetos semelhantes a barras de ferro, enquanto ainda recebia agressões com socos, chutes e pauladas.
O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro de Carvalho, informou que a polícia já está investigando o caso e identificando alguns dos agressores. “Nós temos imagens, vamos processar, já estamos identificando algumas dessas pessoas para que respondam [pelo crime]”, declarou. Até o momento, 14 pessoas foram detidas por envolvimento nos atos de violência.
O governo de Pernambuco informou que cerca de 700 policiais foram mobilizados para reforçar a segurança nos arredores do Estádio do Arruda, onde o jogo entre Santa Cruz e Sport ocorreu. Antes do início da partida, 650 torcedores foram encaminhados ao Batalhão de Polícia de Choque, onde passaram por revistas antes de serem liberados para o estádio.
“Os verdadeiros torcedores e a população não podem e não vão ficar acuados pelos que usam o futebol para praticar violência”, afirmou a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. O prefeito do Recife, João Campos, também se manifestou nas redes sociais: “O que vimos hoje (sábado) foram cenas criminosas no confronto entre vândalos. É urgente a identificação e uma punição severa para esses delinquentes! Futebol não é isso”, escreveu.
O Hospital de Restauração de Pernambuco informou que 12 pessoas, vítimas de agressão física, deram entrada na Emergência Geral até o meio da tarde de ontem. Nove já foram liberadas, enquanto três seguem internadas, sem registro de mortes.
Os incidentes ocorreram em vários pontos da capital pernambucana, incluindo os bairros de Iputinga, Torre e Madalena, além de outros locais na Região Metropolitana do Recife (RMR). As autoridades continuam as investigações para identificar os responsáveis e garantir que os envolvidos sejam punidos.
