O império da harmonização facial está com os dias contados. Pelo menos é o que indica a nova tendência mundial no campo da beleza: “a era da regeneração”, que vem ganhando adeptos famosos, como a atriz e cantora Lindsay Lohan. Aos 38 anos, a artista decidiu se repaginar e optou por menos exageros. O médico cirurgião plástico André Maranhão adianta que daqui para frente o que vai dominar nos consultórios são os chamados exossomos, pequenas vesículas extracelulares que são secretadas por quase todos os tipos celulares no corpo e “responsáveis pelo transporte de proteínas, lipídios, RNA e outras moléculas entre as células”. “Essa capacidade de troca de informações celulares tem gerado grande interesse na Medicina Regenerativa, pois os exossomos podem influenciar processos como a regeneração celular, a modulação da resposta inflamatória e a estimulação de tecidos danificados”, explica. Por conta das suas propriedades, Maranhão afirma que a técnica também tem mostrado potencial no tratamento de lesões, doenças degenerativas e até em processos de cicatrização.
Segundo o médico, o movimento de adoção da naturalidade nos tempos em que a harmonização e preenchedores ditavam a regra reflete a mudança de mentalidade por parte dos pacientes e também dos profissionais. “Durante a popularização da harmonização facial, muitos pacientes buscavam um ‘efeito imediato’ e transformador, com resultados muitas vezes visíveis e exagerados. No entanto, com o tempo, muitas pessoas começaram a perceber que esses resultados nem sempre eram duradouros ou estavam em harmonia com suas características naturais. A naturalidade traz a ideia de respeitar a estrutura facial de cada indivíduo, realçando suas características de forma mais equilibrada e sutil. Hoje, há um movimento crescente em torno da valorização da autenticidade e da aceitação das características naturais. As pessoas estão mais conscientes da importância de parecerem elas mesmas, em vez de seguirem padrões de beleza artificiais e homogêneos”, conta.
