Os governadores que estarão presentes na manifestação puxada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 6, na Avenida Paulista se reuniram com ele antes do ato começar. Estão presentes Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Wilson Lima (União Brasil-AM), Ratinho Junior (PSD-PR), e Mauro Mendes (PL-MT).
O ato deste domingo tem presença recorde de governadores em apoio ao ex-presidente — vários, inclusive, são candidatos a suceder Bolsonaro, que está inelegível e com grandes chances de ser condenado no STF, mas aposta em uma candidatura na pendência de recursos judiciais em 2026. O próprio Caiado, por exemplo, fez o lançamento oficial de sua pré-candidatura na sexta-feira, 4, em Salvador.
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), um dos apoiadores mais fieis do ex-presidente, era presença confirmada na manifestação, mas cancelou sua ida devido às chuvas que, desde sexta-feira, já deixaram quinhentas pessoas desalojadas no seu estado. “Estamos juntos, presidente Jair Bolsonaro. Infelizmente, não poderei estar presencialmente na Paulista, pois sigo trabalhando firme no Rio de Janeiro, acompanhando de perto os impactos das fortes chuvas. Meu apoio à causa é total”, disse nas suas redes sociais.
A manifestação deste domingo, marcada para começar 14h, tem como principal tema a anistia aos presos por conta do 8 de Janeiro. Não à toa, há um batom inflável gigante perto do trio elétrico, em referência ao caso da cabeleireira Débora dos Santos, que escreveu “perdeu mané” na estátua da Justiça, no STF, e depois condenada catorze anos de prisão.
Além disso, o ato é uma tentativa de Bolsonaro mostrar força política. É a primeira manifestação pública dele depois de ser oficialmente colocado no banco dos réus pelo Supremo por conta da tentativa de golpe de estado. Se ele for condenado, pode ficar fora das urnas pelo tempo de cumprimento da pena, o que pode tirá-lo em definitivo da vida política.