Internado há oitenta dias, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite da última terça-feira, 25, e apresenta quadro de saúde “bastante grave”, segundo boletim médico divulgado na manhã desta quarta, 26, pelo Hospital Mater Dei.
De acordo com a instituição, Noman foi reanimado pelos médicos, mas respira com o auxílio de aparelhos e seu estado de saúde é preocupante. “[O prefeito] foi reanimado, mas evoluiu com choque cardiogênico, necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas. No momento, está em respiração controlada por aparelhos, mantendo pressão com medicamentos e cursando com Insuficiência Renal Aguda após a Parada Cardiorrespiratória. O quadro no momento é bastante grave”, diz o informe médico.
Fuad Noman, de 77 anos, está internado no Hospital Mater Dei desde 3 de janeiro deste ano, quando deu entrada para tratar de uma pneumonia. O estado de saúde informado hoje é o mais grave dos últimos oitenta dias. Na última segunda-feira, 24, o vice-prefeito e titular em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), declarou que não tem conseguido autorização médica para entrar em contato diretamente com Noman, e que vem recebendo atualizações por meio da esposa do prefeito, Mônica Noman.
Em 2022, Fuad Noman assumiu a prefeitura de Belo Horizonte com a renúncia de Alexandre Kalil (PSD) para disputar o governo de Minas Gerais. Reeleito em 2024 no segundo turno com 53,7% dos votos, ele é o prefeito mais velho a tomar posse na história da capital mineira — por orientação médica, a cerimônia de empossamento foi realizada de maneira virtual. Desde o início do segundo mandato, ele governou por apenas três dias até ser internado.
Em julho do ano passado, ainda durante a campanha eleitoral, Noman foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin (LNH), tipo de câncer com origem no sistema linfático. Desde então, o prefeito realiza tratamento oncológico, passou por uma cirurgia para remoção de tumor e foi internado em quatro diferentes ocasiões para tratar dores nas pernas, sangramento intestinal, insuficiência respiratória, pneumonia e sinusite.
