Termina no domingo, 16, o prazo para que a ala privada a Eletrobras encerre as negociações com a Advocacia Geral da União sobre o poder de voto da União na empresa.
As chances de acordo são remotas, sobretudo depois da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de acompanhar de perto as tratativas entre os dois lados.
A área técnica do TCU vê com desconfiança a proposta da Eletrobras que, nas negociações, tenta convencer o governo assumir encargos da ordem de 30 bilhões de reais da Eletronuclear.
Tenta ainda fazer com que o governo desista da ideia de aumentar seu poder de voto. Hoje, o governo tem 40% das ações da Eletrobras, mas só vota como se fosse dono de 10%.
Se o governo desistir da ação e assumir os pepinos da Eletrobras na Eletronuclear, a ala privada daria duas cadeiras a mais no Conselho de Administração da companhia.
O prazo para que ala privada e governo negociem uma solução foi concedido pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal. O prazo já foi renovado quatro vezes.