A Fifa anunciou um prêmio de um bilhão de dólares, ou 5,8 bilhões de reais, para os 32 clubes que participarão do Mundial de Clubes de 2025, um evento que promete consolidar os Estados Unidos como um novo epicentro do futebol mundial. Embora os detalhes da distribuição dos prêmios ainda sejam mantidos sob sigilo, especula-se que os clubes europeus receberão uma fatia maior do bolo, refletindo o valor de mercado e a tradição do futebol no continente.
Este montante supera em larga escala a premiação da Copa do Mundo de 2022, que distribuiu 440 milhões de dólares, ou 2,8 bilhões de reais, entre os participantes. A magnitude dos prêmios é reflexo dos acordos de patrocínio de alto valor que a Fifa tem firmado, incluindo parcerias com gigantes como Bank of America, AB InBev, Coca-Cola e Hisense. Um dos acordos mais notáveis é o contrato de um bilhão de dólares com a DAZN para a transmissão exclusiva dos jogos via streaming, um passo significativo na expansão do alcance do futebol.
Agenda cheia
A agenda esportiva dos Estados Unidos está repleta de eventos de grande porte, incluindo a Copa América de 2024, o Mundial de Clubes de 2025 e a Copa do Mundo de 2026. A FIFA também transferiu parte de suas operações para Miami, um movimento que sinaliza a aposta da entidade no crescimento do futebol no país.
Especialistas em marketing esportivo têm expressado opiniões diversas sobre o impacto desses eventos. Renê Salviano, CEO da Heatmap, acredita que “esses eventos vão levar mais audiência para seus produtos; não tenho dúvidas que crescerão após este período”. Por outro lado, Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, adota uma postura mais cautelosa, lembrando que “ainda é cedo afirmar que os EUA seja o novo centro do futebol”. Ele reconhece o potencial do país, mas ressalta que “o país já tentou por algumas vezes emplacar o crescimento do futebol masculino na cultura americana, mas sem grande sucesso”.
Apesar das opiniões divergentes, há um consenso de que os Estados Unidos estão vivenciando um momento de crescimento significativo no cenário do futebol. A chegada de jogadores como Lionel Messi e Luis Suárez à MLS tem gerado um impacto considerável, atraindo a atenção de fãs e investidores. Como observa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da ESPM, “a crescente influencia da cultura latina, combinação de sediar grandes eventos e ter estrelas de primeira grandeza jogando a liga local tem se mostrado uma receita vencedora para mudar de patamar a importância desse esporte no mercado mais competitivo do mundo”.
