O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou na noite de sexta-feira, 14, a expulsão do embaixador da África do Sul em Washington, Ebrahim Rasool, por acusações de ódio ao país e ao presidente Donald Trump.
“O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo em nosso grande país. Ebrahim Rasool é um político racista que odeia a América e odeia @POTUS. Não temos nada a discutir com ele e, portanto, ele é considerado PERSONA NON GRATA”, escreveu no X, antigo Twitter, citando a conta oficial de Trump na rede.
South Africa’s Ambassador to the United States is no longer welcome in our great country.
Ebrahim Rasool is a race-baiting politician who hates America and hates @POTUS.
We have nothing to discuss with him and so he is considered PERSONA NON GRATA.https://t.co/mnUnwGOQdx
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) March 14, 2025
Rubio vinculou seus comentários a um artigo do portal conservador de direita Breitbart, no qual Rasool é citado dizendo que Trump mobilizou um “instinto supremacista” e “vitimização branca” como um “apito de cachorro” durante as eleições de 2024.
Rasool serviu anteriormente como embaixador do país nos EUA de 2010 a 2015, antes de ser escolhido novamente para o cargo em 2025
“O que Donald Trump está lançando é um ataque ao poder, àqueles que estão no poder, mobilizando uma supremacia contra o poder, em casa… e no exterior”, disse Rasool no evento. Ele acrescentou que o movimento Maga, encabeçado por Trump, foi uma resposta “a dados muito claros que mostram grandes mudanças demográficas nos EUA, nas quais o eleitorado… deverá se tornar 48% branco”.
Neste sábado, a Presidência da África do Sul classificou a decisão como “lamentável”.
“A Presidência pede a todas as partes interessadas relevantes e impactadas que mantenham o decoro diplomático estabelecido em seu envolvimento com o assunto”, disse o governo sul-africano, acrescentando que “continua comprometida em construir um relacionamento mutuamente benéfico com os Estados Unidos da América”.
A relação entre os países, no entanto, já vem se deteriorando há semanas. No mês passado, Trump assinou um decreto que congela assistência à África do Sul, citando “discriminação racial injusta” contra contra africâneres brancos — aqueles que descendem de colonos holandeses que promoveram o regime do apartheid.
