O presidente americano Donald Trump voltou a prometer a aplicação de uma tarifa global sobre importações, mas ainda não detalhou quais devem ser as alíquotas. Durante seu discursos no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o presidente incentivou que, para escapar das tarifas, as empresas produzam em território americano, prometendo que sua administração reduzirá impostos.
“Se você não produz seus produtos nos Estados Unidos, terá que pagar uma tarifa – a quantidade vai variar, mas haverá uma tarifa“, disse Trump, em discurso por vídeo-chamada.
Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos na segunda-feira 20, Trump suavizou o discurso e ainda não implementou as medidas econômicas agressivas que havia prometido durante a campanha eleitoral. Embora já tenha sinalizado possíveis tarifas de 25% para o Canadá e o México e 10% para a China, ele tem evitado dar mais informações sobre o plano de tarifa universal. Esperava-se que, em Davos, o republicano pudesse abrir mais detalhes sobre o tema.
Trump foi duro ao criticar a administração de seu antecessor, o democrata Joe Biden, culpando-o pela inflação e o aumento da dívida pública no país. Ele disse que sua equipe já tem tomado medidas para reverter a alta nos preços, como o decreto de emergência energética nacional, que visa aumentar a produção nacional de petróleo e reduzir o preço dos combustíveis no país.
“Precisamos derrubar os preços do petróleo”, disse o presidente, apontando que irá dialogar com a Opep para reduzir os preços da commodity. “Petróleo e taxas de juros precisam recuar”, disse.
Em seu discurso de cerca de 20 minutos, Trump ainda fez acenos para o mercado de tecnologia e de criptomoedas, que se tornam duas de suas principais bases apoiadoras. “Seremos a capital mundial da inteligência artificial e da cripto”, afirmou.