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Crise colombiana: Gustavo Petro pede a renúncia de todos os seus ministros

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou no domingo 9 que solicitou a renúncia de todos os seus ministros, bem como outros funcionários de alta, em meio a uma profunda divisão no governo provocada pela nomeação de um novo chefe de gabinete e uma reunião tensa que foi transmitida pela TV e pelas redes sociais.

“Solicitei a renúncia formal de ministros e diretores de departamentos administrativos. Haverá algumas mudanças no gabinete para obter maior cumprimento do programa ordenado pelo povo”, escreveu Petro no X, antigo Twitter.

O presidente acrescentou que a partir de agora, faltando 18 meses para o fim de seu mandato, o governo “se concentrará totalmente em cumprir o programa”.

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Minutos depois, a Ministra do Trabalho, Gloria Inés Ramírez, apresentou sua “renúncia irrevogável” e agradeceu ao presidente por tê-la permitido trabalhar em uma “agenda política a favor de milhões de trabalhadores”.

“Continuaremos trabalhando por uma Colômbia mais justa e cada vez mais democrática, entendendo que a política deve avançar sem sectarismo, mas sem ambiguidade”, acrescentou Ramírez, que estava no governo desde que Petro assumiu a presidência, em 2022.

Polêmicas

Uma reunião do gabinete ministerial, que durou seis horas, viu o presidente e diferentes membros do governo se acusaram e se repreenderem mutuamente por falhas na gestão. No dia seguinte, o diretor do Departamento Administrativo da Presidência da República (Dapre), Jorge Rojas, homem de confiança do presidente, e o ministro da Cultura, Juan David Correa, se demitiram.

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Depois, a secretária jurídica da Presidência, Paula Robledo, deixou seu cargo, e no domingo a ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, que trabalhou com Petro quando ele foi prefeito de Bogotá (2012-2015), também anunciou sua saída. Uma das autoridades mais próximas do presidente – além de ser  uma das figuras mais bem avaliadas em pesquisas sobre o funcionamento do governo –, sua renúncia aumentou rumores de que ela pode tornar-se candidata às eleições nos próximos anos.

O principal ponto de discórdia durante a reunião do gabinete, foi a nomeação do ex-embaixador Armando Benedetti como chefe do gabinete presidencial. Muhamad e outras autoridades apoiaram a vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, em suas críticas.

Benedetti, que também foi senador, foi alvo de vários casos de corrupção e se envolveu em um escândalo de violência doméstica em julho passado, quando, como embaixador da agência da ONU para alimentação e agricultura em Roma, sua esposa, Adelina Guerrero, o acusou de agressão física durante uma viagem a Madri.

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“Como feminista e como mulher, não posso sentar à mesa do gabinete do nosso projeto progressista com Armando Benedetti”, disse Muhamad na reunião do gabinete, que foi transmitida ao vivo.

No entanto, Petro defendeu a nomeação de Benedetti, que foi peça-chave no financiamento de sua campanha eleitoral de 2022.

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