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Corregedoria indicia dez PMs por envolvimento na morte de delator do PCC

A Corregedoria da Polícia Militar indiciou nesta sexta-feira, 31, dez policiais presos por suspeita de envolvimento com o crime organizado. Eles estariam enredados no assassinato de Vinicíus Gritzbach, que delatou integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e policiais corruptos, e foi morto em novembro na saída do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Há ainda a expectativa de que outros sete policiais, que também foram detidos, sejam indiciados na próxima semana.

Os dezessete policiais presos são treze PMs que faziam a segurança particular de Gritzbach; um tenente investigado por ajustar as escalas para permitir ao grupo fazer a escolta do delator, em paralelo aos horários de serviço na corporação; e, os três suspeitos de terem participado diretamente do homicídio. Os quatorze agentes relacionados à guarda clandestina de Gritzbach serão denunciados por organização criminosa e os outros três, responsabilizados pelo ataque no Aeroporto de Guarulhos, responderão por formação de grupo para a prática de violência, um crime que não consta no Código Penal civil, mas é previsto no Código Penal Militar.

Em nota, a PM informou que o Inquérito Policial Militar (IPM) segue em andamento, sob segredo de Justiça, e reafirmou o compromisso com a punição de agentes corruptos. “A Polícia Militar ressalta que não tolera desvios de conduta e pune com severidade todos os agentes que transgridam a lei”, diz.

Em outro inquérito, a Corregedoria investiga dois policiais que integravam as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e teriam vazado informações ao PCC. Eles eram subordinados ao capitão Raphael Alves Mendonça, que fazia parte da segurança do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e foi exonerado na quinta-feira, 30.

Relembre o caso Gritzbach

O assassinato de Vinicius Gritzbach é investigado pela Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil, e na Polícia Militar, pela Corregedoria. Além de informar o Ministério Público sobre as atividades da facção, a vítima do homicídio denunciou agentes civis corruptos. Quatros policiais foram presos pela Polícia Federal (PF) e um outro alvo, que não havia sido identificado pela PF, se entregou às autoridades. Quando foi morto, Gritzbach trazia de Alagoas joias avaliadas em 2 milhões de reais, de acordo com os investigadores, um indício de que ainda praticava atividades de lavagem de dinheiro.

O delator foi morto no dia 8 de novembro, no terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, à luz do dia, em um crime que chocou pela ousadia dos criminosos e expôs a corrupção policial. Ele era réu por lavagem de dinheiro e por ter sido o mandante de um duplo homicídio. Gritzbach foi apontado como ordenador dos assassinatos de Anselmo Becheli Santa, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, em 2021. Ele estaria jurado de morte pela facção por ser apontado pelo PCC como mandante do assassinato desses integrantes do grupo criminoso.

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