O cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor na manhã deste domingo, 19, após novo impasse que provocou um atraso de cerca de três horas.
As primeiras reféns a serem libertadas são Doron Steinbrecher, 31, e Emily Damari, 28, que foram sequestradas pelo Hamas de seu kibutz, e Romi Gonen, 24, que foi levada pelo grupo palestino no Festival Supernova em outubro de 2023. Segundo a agência Reuters, as três mulheres devem ser libertadas neste domingo às 11h, pelo horário de Brasília.
Impasse de última hora
A trégua deveria ter começado às 8h30 no horário local — 3h30 no horário de Brasília –, mas foi adiada por causa de uma demora na divulgação dos nomes das reféns levadas pelo Hamas que seriam libertadas hoje. O cessar-fogo começou, de fato, às 11h15 no horário local (6h15 de Brasília).
Mais cedo, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou um comunicado afirmando que o cessar-fogo não entraria em vigor até que o nome das sequestradas não fosse divulgado.
O Hamas justificou o atraso citando “questões técnicas” e divulgou os nomes das três mulheres. O governo de Israel, então, confirmou o início da trégua para 11h15 (horário local).
Como vai ser a troca inicial
Sob a primeira fase do acordo, que deve durar 42 dias, o Hamas concordou em libertar 33 reféns, entre eles crianças, mulheres — incluindo militares — e pessoas com mais de 50 anos. Em troca, Israel libertaria 50 prisioneiros palestinos para cada mulher das Forças Armadas de Israel, e 30 para os demais reféns.
No dia 19, espera-se que três israelenses sejam libertados, seguidos por mais quatro no próximo domingo, e assim sucessivamente ao final de cada semana do cessar-fogo. Tel Aviv declarou que a lista de 33 pessoas viria a público somente após os reféns terem sido entregues às Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que os cidadãos franco-israelenses Ofer Kalderon e Ohad Yahalomi estão no primeiro grupo de reféns a serem libertados.
Outra lista, contendo os nomes daqueles que serão libertados nas próximas seis semanas, foi vazada pela mídia israelense nesta sexta-feira. Além disso, de acordo com o jornal israelense Haaretz, os nomes dos prisioneiros palestinos a serem libertados serão publicados no site do Ministério da Justiça, ‘‘junto com os crimes pelos quais foram condenados’’, imediatamente após o gabinete completo aprovar o acordo.
De acordo com uma cópia do acordo que circula na mídia de Israel, nove israelenses doentes e feridos serão libertados em troca de 110 palestinos que cumprem prisão perpétua. Homens com mais de 50 anos na lista de 33 reféns serão trocados na proporção de um para três, no caso de prisões perpétuas, e um para 27, para outras sentenças.