Parece um brinquedo, mas não é. Com cara de mascote e funções de dedo-duro, o cão cibernético é o mais novo integrante da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. Trata-se de um robô, que tem as formas de um cachorro de porte médio, equipado com sistema de segurança. Batizado de “Lei”, o pet tem uma câmara frontal, de 360°, com capacidade de fazer o reconhecimento facial. O novo equipamento foi testado em um grande evento pela primeira vez na festa de Réveillon da cidade. É uma forma de agilizar a segurança e de entrar em locais que talvez os policiais nem coubessem. Em geral, o cão fica a 300 m de distância dos guardas, andando sempre na frente, e aumentando a capacidade de vigilância da equipe.
Lei está conectada ao programa Smart Sampa, programa de iniciativa da prefeitura de São Paulo, que usa a tecnologia para reforçar a segurança. Todas as câmaras utilizadas possuem o recurso do reconhecimento facial e emitem alarmes em caso de vandalismo, furtos e identificação de carros roubados. No total, são 20 mil equipamentos interligados, que agora contam com mais um, o cão robô. No meio do ano passado, a Prefeitura inaugurou uma central de monitoramento do Smart Sampa, digna de primeiro mundo.
O programa ainda permite a integração dos trabalhos com a Polícia Civil e Militar, além dos serviços de mobilidade urbana, Companhia de Engenharia de Tráfego, Samu e CPTM. Em cinco meses de operação, de fevereiro a junho, o monitoramento integrado permitiu a prisão em flagrante de 80 pessoas. O cão robô já foi introduzido em ações rotineiras de campo. Além de filmar e identificar criminosos procurados, acaba intimidando a bandidagem com sua presença. De acordo com a Prefeitura, o programa Smart Sampa reduziu em 45% os roubos e 35 os furtos na região central da cidade, no primeiro semestre de 2024, em comparação a 2022.