Nunca o país recebeu tantos estrangeiros como em 2024. O número recorde de visitantes trouxe mais dinheiro para a economia nacional do que as exportações de algodão, de aeronaves e de minério de ferro. O turismo internacional movimentou, segundo o Banco Central, 7,34 bilhões de dólares, o maior montante dos últimos 15 anos. O Brasil sente o reflexo do aumento de viajantes pelo mundo, que dobrou no mesmo período. Atualmente a média é de 1,3 bilhão de turistas por ano, mas deve chegar a 2 bilhões, até 2030, de acordo com as previsões da Organização das Nações Unidas (ONU).
Além do aumento de viagens, o Brasil atrai também pela vantagem do câmbio.Viajar por aqui ficou barato, principalmente para os americanos, que estão em segundo lugar no ranking de visitantes internacionais do país, que perdem apenas para os hermanos. Isso porque Brasil e Argentina estão em momentos econômicos opostos. No ano passado, o peso argentino foi a moeda que mais valorizou no mundo, enquanto a brasileira, a que mais desvalorizou.
A vantagem financeira deve prolongar esse fluxo. Tanto que em janeiro, a quantidade de turistas argentinos no Rio Grande do Sul aumentou 60% em relação ao mesmo período de 2024. Dados da Decolar apontam que o Brasil é destino para metade dos viajantes que partem da Argentina. Para eles, é um roteiro internacional, próximo, barato e com grande diversidade de paisagens.
Como as viagens internacionais passaram a pesar mais no bolso de quem recebe o salário em real, o turismo doméstico também se fortaleceu. O país fechou o ano com um crescimento de 20 milhões a mais de bilhetes aéreos emitidos por brasileiros dentro do território nacional. No total, fizemos 120 milhões de viagens de avião em 2024. Apesar do Nordeste estar entre os destinos preferidos do país, a caótica cidade de São Paulo concentra o maior volume de visitantes. A capital atrai pela magnitude de serviços e de oferta de lazer, entre elas, a alta gastronomia.
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