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Boulos responde Nikolas: ‘Anistiar golpe de Estado é dizer que vale tudo’

A guerra política nas redes sociais segue ganhando relevância. Depois de mais um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) viralizar na sexta-feira, desta vez defendendo a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, o deputado federal do PSOL Guilherme Boulos divulgou a sua resposta em seus perfis neste sábado 7.

Enquanto a postagem de Nikolas defende a inocência das pessoas ligadas às manifestações que invadiram a Praça dos Três Poderes em 2023, como a cabelereira Débora dos Santos, o vídeo de Boulos vai no sentido de reforçar os vínculos da tentativa de golpe com a ditura militar vivida pelo Brasil entre as décadas de 1960 e 1980, além de defender que o discurso de anistia seja uma estratégia das lideranças à direita para inocentar, principalmente, os cabeças do movimento, o que inclui nomes tão graúdos quanto o do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Eles dizem que a proposta da anistia foi feita por razões humanitárias, pensando nos aminfestantes do 8 de janeiro que estão presos. O que eles não querem que você saiba é que o projeto que fizeram prevê anistia, ou seja, perdão, de todos os crimes políticos cometidos a partir de 30 de outrobro de 2022, o dia da eleição”, diz Boulos, vestido em uma camiseta presta como a de Nikolas, mas em um fundo branco, e não preto, como o do opositor. “A defesa dos condenados do 8 de janeiro é só um bode expiatório para perdoar o Bolsonaro (…). O objetivo não é salvar a mulher do batom, é salvar o Bolsonaro da cadeia”, continua Boulos.

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O deputado mais votado de São Paulo menciona as omissões e envolvimento nos atos do 8 de janeiro de pessoas ligadas ao governo de Bolsonaro como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, a ex-delegada da Polícia Federal Marília Alencar, além de mencionar policiais que foram feridos na tentativa de contenção das invasões. Também relembra crimes famosos cometidos durante a ditadura militar que nunca tiveram seus responsáveis punidos, caso do assassinato do jornalista Vladimir Herzog e a estilista Zuzu Angel, bem como seu filho Stuart Angel.

“O Brasil ja perdoou crimes demais”, diz Boulos. “Anistiar quem planejou e executou um golpe de Estado é dizer que vale tudo, desde que você tenha força política. A justiça não pode ser vingança, mas também não pode ser esquecimento. Um país sério não pode premiar que tenta destruí-lo.”

Em pouco menos de 24 horas no ar, a publicações de Boulos no X conta 400 mil visualizações. O vídeo de Nikolas, o deputado mais votado do país, na mesma rede, onde está no ar há três dias, tem até agora 2 milhões de acessos.

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