O ex-presidente Jair Bolsonaro deve permanecer internado por ao menos mais duas semanas, disse o chefe da equipe médica nesta segunda-feira, 14. Ele está na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, em estágio pós-operatório após passar por cirurgia de desobstrução intestinal.
“Não vamos tirá-lo da UTI enquanto não estiver bastante recuperado”, afirmou o cirurgião Cláudio Birolini, que coordena a equipe que atende ao ex-presidente. O médico disse que a cirurgia abdominal foi “complexa e delicada”, e que o pós-operatório exige cuidados específicos, particularmente nas primeiras 48 horas, mas acrescentou que a operação ocorreu “sem complicações. “Felizmente, terminou muito bem. O resultado foi excelente”, declarou.
Ainda de acordo com o cirurgião, Bolsonaro ainda está se alimentando exclusivamente por via intravenosa, e segue em observação, ainda sem previsão de voltar a comer normalmente.
Bolsonaro foi hospitalizado na manhã da última sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais durante uma visita ao Rio Grande do Norte. Ele foi internado inicialmente no Hospital Rio Grande, em Natal, e foi transferido no dia seguinte para Brasília, onde passou pela cirurgia de desobstrução intestinal na manhã de domingo, 13.
Segundo o cirurgião, os sintomas apresentados por Bolsonaro ainda são reflexos da facada sofrida pelo ex-presidente em 6 de setembro de 2018, ainda candidato ao Planalto, em Juiz de Fora (MG). Desde então, ele passou por diversas intervenções cirúrgicas em razão das complicações intestinais causadas pelo ferimento — o chefe da equipe de cirurgia ressalta que as recorrentes operações criam “aderências” abdominais que dificultam novas operações e prolongam os cuidados necessários no pós-operatório.
