Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto se encontraram publicamente nesta segunda-feira, 9, após mais de dez meses proibidos de manter qualquer tipo de contato por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ambos participaram da missa de sétimo dia do falecimento de Leila Caran Costa, mãe do presidente nacional do PL, em Mogi das Cruzes, cidade na Grande São Paulo.
Bolsonaro chegou acompanhado do ex-ministro da Secretaria de Comunicação, o advogado Fabio Wajngarten, do vice-prefeito eleito de São Paulo, Ricardo Mello Araújo (PL), e dos deputados estaduais Lucas Bove (PL) e André do Prado (PL), presidente da Assembleia Legislativa (Alesp).
O ex-presidente e Valdemar estão proibidos de manter contato após decisão de fevereiro do ministro do STF, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que apura a tentativa de um golpe de Estado por bolsonaristas.
A defesa de Bolsonaro havia pedido permissão a Moraes para que o ex-presidente pudesse participar do sepultamento da mãe de Valdemar há uma semana, mas a autorização não foi concedida em tempo hábil. A autorização para a participação na missa de sétimo dia foi concedida pelo ministro sob a condição de que nem Bolsonaro e nem Valdemar conversassem sobre as investigações que apuram a tentativa de golpe e que têm ambos como alvo.
Na missa, é possível ver que Bolsonaro não conversa com Valdemar e senta distante dele em um dos bancos da primeira fileira da igreja.
Durante a missa, que aconteceu na Catedral de Sant’Ana, Bolsonaro e Valdemar aparecem no mesmo banco, mas “separados” pelos parlamentares aliados. Ao dirigir-se para sair do local, o ex-presidente abraçou rapidamente o cacique do PL.
‘Mito’ e ‘Lula ladrão’
Do lado de fora, a cerimônia foi marcada por gritos de simpatizantes de Bolsonaro. Na saída da missa, uma pequena multidão que se concentrou na rua para saudar o ex-presidente entoou gritos de “mito” e de “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.