As companhias aéreas Azul e Gol assinaram nesta quarta-feira, 15, memorando de entendimentos para uma combinação de negócios. Isso significa dizer que a tão aguardada fusão finalmente começou a sair do papel. A operação prevê a criação de uma corporation (nenhuma das duas empresas teria controle na empresa resultante.
A notícia não pegou a concorrente Latam de surpresa, mas acendeu o alerta na companhia. ‘Consolidações são naturais, especialmente no pós-pandemia, mas pode haver até 90% de concentração em certas rotas’, lamenta um diretor da companhia em contato com o Radar Econômico.
Nos últimos dias, a Gol firmou um termo com a Receita Federal e com o Ministério da Fazenda para quitar débitos fiscais da empresa e de suas subsidiárias. O acordo prevê o parcelamento de débitos da companhia estimados em 5 bilhões de reais. “Como competir com quem não está fazendo o básico?”, diz o executivo. Boa parte das garantias que a Gol ofereceu ao governo foram slots (posições) em aeroportos, que já estão empenhados a credores privados.